Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Isolamento social e atividade econômica

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Fabrício S. Caetano
Porto Alegre 

"A pandemia da COVID-19 está fragmentando o tecido social do Brasil, ao colocar em rota de colisão necessidades impostas para o bom funcionamento do sistema de saúde e da economia. É possível manter as atividades produtivas de forma plena e, simultaneamente, adotar regras rígidas para isolamento social. A base da ideia do isolamento social não é o encarceramento domiciliar da população, mas sim evitar, a todo custo, aglomerações para que o contágio não sobrecarregue a capacidade de atendimento médico e de internações. A melhor forma de harmonizar a necessidade de isolamento social com a manutenção da atividade econômica passa por uma profunda transformação nas dinâmicas do exercício laboral que existiam antes do início da pandemia. É fundamental que se estabeleça uma nova cultura de trabalho no Brasil que supere os conceitos tradicionais e ultrapassados que fixavam ambiente corporativo como local de trabalho e horário comercial padrão e quase universal para o desempenho das atividades econômicas de todas as empresas. Deve-se, ainda, agregar a essas medidas ações de manutenção dos níveis de consumo da população através do apoio e valorização das vendas por meio eletrônico e, também, de incentivo à adaptação do comércio aos sistemas de delivery e take away. São ações simples que garantirão mais fôlego e competitividade e ajudarão na manutenção dos empregos. Essas medidas têm potencial de diminuir, drasticamente, o número de falências e concordatas previstas para ser apresentadas nos próximos meses. A instituição das políticas e programas resumidos aqui não apresenta gastos adicionais ao governo federal. Basta, apenas, ter vontade política para realizá-las, pois é possível aproveitar a estrutura de órgãos de apoio a empresas já existentes e o próprio know-how das universidades para viabilizá-las."