José Carlos Saraiva da Costa
Belo Horizonte
"O presidente da República, Jair Bolsonaro, fez um pronunciamento no final da tarde da última sexta-feira com o objetivo de responder às acusações de Sergio Moro, feitas na manhã do mesmo dia. Bolsonaro se perdeu em detalhes, tais como o aquecimento da piscina olímpica; as modificações feitas no cardápio; os taxímetros dos 40 mil taxistas do Rio de Janeiro; o cheque de R$ 40 mil recebido de Queiroz; a mulher algemada na praia; a morte de Marielle; os crimes cometidos pela avó e mãe da primeira-dama; as aventuras do filho com a metade das garotas do condomínio; a compra de armamentos e munições; a ideologia de gênero; os abortos; a verba de R$ 24 mil sem prestação de contas; a pesada carga de impostos; a tentativa de homicídio durante a campanha eleitoral; entre outros. Os 45 minutos de pronunciamento poderiam ter sido resumidos com a simples declaração de que o presidente da República tem o poder para indicar e exonerar o diretor-geral da Polícia Federal. Bolsonaro disse que Moro mentiu sobre as insinuações de investigações em andamento. O ídolo Moro de janeiro de 2019 virou um trapaceiro em abril de 2020."