Jornal Estado de Minas

Dia Internacional da Mulher

Alerta sobre a igualdade de gêneros

Luanna Toniolo
Curitiba
 “Afinal, o que querem as mulheres? Proponho que no mês de março, em que completamos 45 anos da oficialização do Dia Internacional da Mulher pela ONU, a gente faça uma análise sobre o assunto. Entre tantos pontos atrelados ao tema, quero focar no mercado de trabalho e na liderança feminina. O estudo Panorama Mulher 2019, realizado pelo Talenses e o Insper, apontou que houve um retrocesso no número de mulheres em cargos de liderança no último ano. Em 2018, a pesquisa, realizada com 415 empresas, constatou que a participação das mulheres como presidentes ou CEOs era de 15%. Em 2019, o número caiu para 13%. A importância do feminismo é realmente clara para atingir a equidade de direito entre mulheres e homens. Vejam bem, o feminismo não é um movimento de privilégio, mas, sim, um movimento em prol de iguais condições, de equidade nas oportunidades. Em termos práticos, não se prega que uma mulher deva ser contratada pelo simples fato de ser mulher, mas, sim, que ela tenha seu currículo analisado, sem que seu gênero seja classificado como peso positivo ou negativo. Após mais de quatro décadas da instituição da data, ainda há muito para mudar. Estamos falando de uma questão bastante grave, uma vez que temos dois sujeitos desempenhando a mesma função e recebendo salários e benefícios desiguais por uma questão de gênero. Ou seja, não se trata de habilidade ou capacidade intelectual. O preconceito, a cultura e a questão histórica são os responsáveis pela desigualdade que todos vêm e (quase) ninguém fala.”