Jornal Estado de Minas

PERSEGUIÇÃO

Prisão de brigadistas no Pará gera reflexão


Antônio Negrão de Sá
Rio de Janeiro

"A prisão de quatro ambientalistas e brigadistas pela polícia paraense, acusando-os de incendiários, acende luz vermelha. Um fato distante e nas matas do Pará, uma trama sórdida da polícia paraense, a mando de alguém, para incriminar os que ajudavam no combate aos incêndios e fotografavam seus responsáveis. A polícia se aproxima, finge de amiga, pede ajuda, pede as fotos e os prende, invadindo suas residências com mandados de buscas, sob acusação absurda de incendiarem a floresta. Como quatro jovens podem se defender de uma acusação grave como essa por parte do Estado policial? O Estado policial serve, aqui, para a analogia com o ovo da serpente e sua germinação invisível para muitos. No Brasil, a omissão parte da sociedade, na perseguição aos negros, pobres, favelados, artistas, estudantes, índios, gays, mulheres, e líderes populares. Depois vêm os brigadistas. E amanhã, é você."