Luciano Leal
Belo Horizonte
“Os marajás do Congresso, além do elevado salário e mordomias inexplicáveis, recebem, anualmente, uma emenda parlamentar Individual. São propostas feitas por cada deputado federal ou senador para financiar uma obra ou projeto público no seu estado ou município. O mais comum é que elas beneficiem as suas bases eleitorais, ou seja, as localidades onde vivem os eleitores que eles representam. Como exemplo, cito o orçamento federal de 2016. Cada parlamentar teve direito a propor até R$15,3 milhões em emendas individuais. Foram destinados um total de R$ 9,1 bilhões para elas. Não sou contra, já que é lei. Mas as emendas deveriam ser encaminhadas diretamente aos estados e municípios, sem passar pelas mãos de “atravessadores”. Será que essa volumosa quantia é aplicada corretamente? Diante de tamanha corrupção, a dúvida é questionada inclusive pelo TCU! O atual presidente da República ainda não as concedeu no presente exercício. Caso não as recebam, os deputados prometem obstruir todas e quaisquer propostas de projetos do Poder Executivo, evidenciando, pois, tratar-se de uma “moeda de troca”.”