"Na primeira noite, Jair Bolsonaro se aproxima dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e, juntos, cooptam a Justiça em favor dos corruptos. E nós, brasileiros, não dizemos nada. Na segunda noite, ele já não esconde seus propósitos, aparelha a Polícia Federal, fragiliza o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), ignora a lista tríplice da Procuradoria-Geral da República (PGR), acaba com a Lava-Jato, e não dizemos nada. Até que um dia, um dos seus odientos asseclas entra sozinho e armado em nossa casa, rouba-nos a luz da esperança, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz democrática da garganta. E, sem voz e sem voto, sufocados pela fumaça das queimadas amazônicas, já não podemos dizer nada, paráfraseando o poema 'No Caminho, com Maiakóvski', do poeta fluminense Eduardo Alves da Costa."
BOLSONARO