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Conduta e etiqueta jurídica no mundo virtual


16/08/2022 04:00

Andreia Gomes
Especialista em marketing jurídico, fundadora da AGomes Marketing e cofundadora da Latin America Legal Marketing Alliance (Lalma)

Empresas de todos os segmentos têm inundado as redes sociais com posts patrocinados, anúncios em todas as “janelas digitais” e disparos massificados por e-mails, WhatsApp e Telegram, gerando um incômodo quase que generalizado em um mundo que poderia ser definido como “caos virtual”.
 
Por falta de critérios de direcionamento, essas ações não se limitam a ser inócuas comercialmente. Denotam total falta de empatia com os destinatários, que, em vez de comprar produtos ou serviços oferecidos, acabam por bloquear, descadastrarem-se e denunciarem spam a todo momento, sem necessariamente conseguir resultados efetivos. Mesmo entre os que atuam em atividades tidas como exemplos de sobriedade, tais práticas têm sido cada vez mais comuns. É o caso da advocacia.
 
Dois fatores podem explicar essa aparente falta de sensibilidade de muitos escritórios e advogados. O primeiro foi a pandemia. Como demais segmentos, o direito sofreu com a paralisação econômica e com a grande incerteza sobre o que viria a seguir. Nesse cenário, era compreensível que houvesse uma explosão do número de envios de newsletters, convites para webinares e outros eventos on-line sobre os mais variados temas e voltados a públicos diversos, alcançados de maneira massificada – naquele contexto, aceitável. Falava-se muito sem saber exatamente para quem. Havia pânico, algo que nunca cola- bora com a elaboração de estratégias eficazes.
 
Passado o pior momento da pandemia, antes que o meio trocasse os excessos por uma comunicação mais dirigida e customizada, surgiram os efeitos do Provimento 205/2021, aprovado pelo Conselho Federal da OAB, que, a partir de julho de 2021, proporcionou maior clareza sobre o que era ou não permitido no marketing jurídico, com maior flexibilidade na exposição de escritórios de advocacia e profissionais do direito. A medida acabou por ser compreendida como uma porta aberta para escritórios darem sequência a uma comunicação talvez ainda mais massificada e intrusiva.
 
É comum no mercado jurídico escritórios reproduzirem atividades de comunicação e marketing de outros escritórios, em detrimento da afirmação da própria identidade. A consequência desse comportamento no meio digital é que as sociedades acabam manifestando conteúdos muito semelhantes, que, além de muitas vezes ignorar as reais necessidades dos clientes – que deveriam ser o centro de sua atenção –, acabam por levar os que recebem tais mensagens a não associarem o conteúdo à fonte de propagação, resultando em total falta de vínculo à marca.
 
Sociedades de advogados precisam direcionar sua comunicação a clientes e prospectivos com informações que lhes sejam pertinentes e relevantes, evidenciando por um bom conteúdo informativo as soluções de que o escritório dispõe para atender a esses públicos e auxiliá-los em suas necessidades. Essas ações não se limitam a uma abordagem jurídica. No caso de escritórios de atendimento empresarial, passam essencialmente pela observação das movimentações do ambiente de negócios e do setor específico em que as organizações atuam.
 
Um conteúdo dirigido resulta de análise e compreensão, o que comumente não se relaciona com alto volume no meio jurídico. São informações personalizadas, sob medida, que, se transmitidas com a frequência adequada e pelos canais corretos, contribuem efetivamente para a fidelização e geração de clientes.


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