(none) || (none)
UAI

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas EDITORIAL

COVID-19: novos sinais de alerta


22/05/2022 04:00

Chega ao fim hoje no país a Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), um conjunto de regras excepcionais que permitiram ao governo fazer, de forma mais rápida, a compra de produtos essenciais para o combate à COVID-19. A interrupção dessa possibilidade, que propicia mais agilidade nas ações de enfrentamento à pandemia, ocorre num momento delicado. Os dois mais recentes boletins da Fundação Oswaldo Cruz — o Infogripe e o Observatório COVID-19 – mostram por que decisões apressadas podem atrapalhar e até retardar a luta para frear a disseminação do coronavírus.

No Infogripe, divulgado sexta-feira, cientistas da Fiocruz alertam que as infecções por coronavírus voltaram a ser a principal causa de internações por síndrome respiratória aguda grave (Srag). De acordo com o levantamento, que abrange o período de 8 a 14 deste mês, os casos de COVID-19 correspondem a 41,8% das ocorrências de Srag observadas nas últimas quatro semanas epidemiológicas analisadas pela Fiocruz.

Ainda no Infogripe, os pesquisadores observam que os casos de Srag aumentaram em todas as faixas etárias da população adulta. Mas destacam que 35,5% dos diagnósticos positivos estão relacionados ao vírus sincicial respiratório (VSR), que atinge principalmente crianças pequenas. E apontam, ainda, um crescimento nos registros de metapneumovírus, ligados sobretudo ao público infantil com até 4 anos. Em relação à influenza A, o percentual de casos foi 3,2%; e de 0,4% para a influenza B.  

Quanto aos óbitos, a predominância disparada é do coronavírus: 79,5% das mortes registradas no período estudado estão ligadas ao Sars-Cov-2. Em seguida, vêm o vírus sincicial, responsável por tirar a vida de 6,6% dos diagnosticados com síndrome respiratória aguda grave; a influenza A, com 4,6%; e a influenza B, com 0,7%.

Já no boletim do Observatório COVID-19, divulgado na quinta-feira, cientistas da Fiocruz reforçam, como vêm fazendo de forma sistemática nos últimos boletins, a preocupação com a cobertura vacinal. E, desta vez, vão além: ressaltam que a vacinação da população adulta está estagnada e apontam desaceleração na aplicação da terceira dose nos grupos abaixo de 25 anos.  

“É importante reconhecer que a ampliação da vacinação, priorizando especialmente regiões com baixa cobertura e doses de reforço em grupos populacionais mais vulneráveis, pode reduzir ainda mais os impactos da pandemia sobre a mortalidade e as internações”, enfatizam os pesquisadores no levantamento. 

Até a sexta-feira, a média móvel diária de mortes no país oscilava pouco acima de 100 havia uma semana e encerrou o dia em 102, enquanto a de casos ficou em 13.953, conforme dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). São números que, aparentemente, seguem o padrão registrado desde meados de abril. Mas a leve tendência de alta captada pelos estudos da Fiocruz é um alerta que não pode ser ignorado. Tanto que alguns municípios – poucos, é verdade – já começam a rever as restrições sobre o uso de máscaras. Afinal, como diz o ditado popular, seguro morreu de velho.  


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)