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editorial

A "economia pet" vai muito bem

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Nas ruas, nos parques, nos shoppings em que eles são bem-vindos... Nas redes sociais, então! Não há quem resista a tanta fofura. Definitivamente, cães, gatos e outros bichos de estimação estão por toda parte. De comida a cuidados no veterinário, eles são a base de um mercado que movimenta bilhões em todo o mundo e é um dos que mais crescem no planeta. Censo feito pelo Instituto Pet Brasil apontou que o país tinha 144,3 milhões de pets no ano passado, 4 milhões a mais do que em 2019, o que representa um crescimento seis vezes maior do que o ocorrido entre 2019 e 2018.



Mas a população pet está em ascensão já faz anos. Afinal, além de leais e bons companheiros, eles costumam encher a casa de alegria. Mas é inegável que o distanciamento físico entre as pessoas, imposto pela pandemia do novo coronavírus, impulsionou o boom detectado pelo censo dos animais. Em meio à crise epidemiológica, quem já tinha um pet e passou a trabalhar em home office ganhou mais tempo para desfrutar da companhia do bichinho.

Isoladas do trabalho e dos amigos, muitas famílias que não contavam com animais decidiram adotar um. Principalmente, aquelas com filhos pequenos, que tiveram as atividades escolares presenciais interrompidas e foram obrigados a ficar longe dos coleguinhas.

Quando fez o censo de 2019, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que em 46,1% dos domicílios (33,8 milhões) no país havia, pelo menos, um cachorro; e em 19,3% (14,1 milhões), no mínimo, um gato. Mas a presença de outras espécies está em expansão nos lares. Sobretudo, a de aves silvestres e de pequenos roedores, como hamsters.



Foi-se o tempo em que brincávamos que a grande sensação para os cães eram as “famosas” televisões de cachorro, como costumavam ser chamadas essas máquinas em que os consumidores veem os frangos sendo assados e escolhem os que lhes parecem mais apetitosos.

Hoje, os tempos são outros. Tratados como integrantes da família, muitos com status de filhos, os pets impulsionam os mais diversos tipos de negócios mundo afora, como alimentação, saúde, bem-estar, higiene, turismo e – quem diria! – até a moda. Sensação do cinema, o Homem-Aranha inspira roupinhas que pets desfilam nestes dias pela cidade. Panetones especiais, para citar apenas uma das gostosuras em alta no fim do ano, fazem a alegria de cachorros.

Para garantir que não percam o passeio diário, há quem contrate dog walkers para garantir a caminhada do bicho. Eles também têm direito a plano de saúde. E se você vai viajar e não é possível levá-lo, relaxe: existem hotéis em que podem ficar hospedados até a volta. Os estabelecimentos mais chiques permitem até que “pápis” e “mâmis” acompanhem on-line a rotina dos “hóspedes”.

Sabe qual é o resultado de tantos cuidados e opções? Em primeiro lugar, claro, o bem-estar de quem se sente feliz com a companhia do bichinho. Sim, eles costumam fazer um bem imenso a nós, humanos. E, na esteira de tudo disso, vêm as oportunidades de negócios e empregos que esse mercado proporciona. Neste ano, enquanto o crescimento da economia do país deve ficar em torno de 5%, a indústria de produtos e serviços voltados para pets prevê um faturamento em torno de R$ 50 bilhões, um crescimento de 22,5% em relação a 2020. Pois é. Um negócio bom pra cachorro.



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