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A nutrição e o combate ao câncer

A nutrição vai além de nutrir o corpo ou recuperar o estado nutricional do indivíduo


25/10/2021 04:00

Rafaela Peixoto
Nutricionista do Grupo Oncoclínicas
 
Dados do INCA apontam que, somente este ano, o Brasil terá 625 mil novos casos de câncer e a obesidade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de 11 dos 19 tipos mais frequentes na população brasileira. Manter uma alimentação saudável, equilibrada e colorida colabora para a prevenção da obesidade e do sobrepeso e melhora condições como diabetes e hipertensão arterial. Os benefícios não param por aí. A nutrição é de extrema importância na oncologia, tanto na prevenção primária e terciária, bem como, indiretamente, na prevenção secundária. 
 
Na primária, podemos reduzir os fatores de risco melhorando aqueles que são modificáveis, ajustando os hábitos de vida e, assim, diminuindo as chances do surgimento do câncer. Bons hábitos geram outros ainda melhores: alimentar-se bem, cessar o tabagismo, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, praticar exercícios físicos, ser mais ativo e controlar o peso. O estímulo a uma rotina saudável é uma prática eficaz e de baixo custo, além de ser papel de todos os profissionais de saúde. 
 
O papel indireto da nutrição na prevenção secundária, aquela que visa à detecção precoce, está no estímulo ao autoconhecimento, autocuidado e na busca por exames periódicos, resultando em um cuidado integral. 
 
A alimentação também exerce um papel relevante na prevenção terciária, atuando juntamente com as terapêuticas propostas pelos oncologistas, como radioterapia, cirurgia, quimioterapia, imunoterapia, dentre outras modalidades terapêuticas, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do paciente e reduzir as chances de surgimento de um novo tumor e/ou a progressão da doença. Ainda na prevenção terciária, a nutrição auxilia o paciente a realizar o tratamento como proposto, reduzindo risco de atrasos nos ciclos ou interrupção decorrentes do déficit no estado nutricional e às toxicidades graves. Uma boa alimentação, assim como orientações nutricionais, ajuda a manejar e reduzir as reações adversas, conhecidas como efeitos colaterais, garantindo mais qualidade de vida ao paciente e seus familiares. 
 
Acredito que a nutrição vai além de nutrir o corpo ou recuperar o estado nutricional do indivíduo. Quando o paciente fala sobre a sua alimentação, ele abre a sua vida. Com isso, o nutricionista consegue conhecê-lo a fundo, seus familiares, contextos sociais, emocionais e econômicos, ter acesso a informações que eventualmente não foram relatadas ao médico e à equipe de saúde e encaminhar o paciente a uma equipe interprofissional. Esse cuidado integral permite um tratamento individualizado, mais próximo e uma melhor acolhida ao paciente e à sua rede de apoio.
 
A nutrição oncológica é a junção da técnica com a acolhida, do benefício com o não malefício, é segurar na mão do paciente e caminhar junto ao longo do tratamento, mesmo que o caminho se altere e seja preciso tomar novos rumos. 
 
 


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