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Para ser mãe não precisa ser perfeita


24/10/2021 04:00

Ju Farias
Jornalista e autora do livro 
“Com licença, posso entrar?”
 
Vejo muitas mães se culpando ou desdenhando da sua ocupação mais bonita: a de ser mãe. Vejo mães julgando outras mães como se o conceito de “a melhor forma de ser mãe” estivesse estabelecido em cartilha ou lei.
 
Quantas sogras condenam suas noras por escolherem uma “didática disciplinar” diferente? Muitas, inúmeras, é de perder as contas. Vejo mulheres criticando a mãe do lado por prender mais, soltar menos, dar banana esmagada com canela, deixar na creche aos seis meses e tantas outras coisas que só à mãe e ao filho convêm.
 
Com exceção das mães ruins de fato, essas a que assistimos nos noticiários diariamente, quase todas as outras são as melhores mães que podem ser, dentro do cenário em que vivem e das ferramentas que possuem para exercer esse papel.
 
Fato é que, às vezes, ser mãe cansa, desgasta, esgota e é chato pra caramba! Só que poucas mulheres têm coragem de dizer isso. Ser mãe é pesado! Bem como, claro, ser mãe também é lindo, enriquecedor, profundo e especial em quase todos os sentidos. Os dois lados, o bom e o ruim, são legítimos e se completam. Você só precisa admitir que a tarefa não é fácil e que errar é absolutamente humano (e necessário).
 
Já vi amigas lutarem para esconder olheiras escuras, sedentas por uma noite de sono tranquilo. Também já ouvi mulheres dizendo que ser mãe é viver no país das maravilhas; mentira delas. Desculpa, mas essa afirmação é falsa. (E nem precisa ser mãe para saber que não é verdade esse bilhete.)
 
Mães, vocês erram e está tudo bem. Vocês são humanas e o mais lindo da relação com seus filhos é justamente a possibilidade de aprender e reaprender tudo. Permita-se humanizar essa relação, deixando de lado a ideia de que para ser mãe é preciso ser perfeita.
 
Não, você só precisa ser a melhor mãe que conseguir, e entender que isso já é o suficiente. Ser mãe é um livro em branco, criado com tempo, resiliência, paciência e calma. No mais, é viver e aprender, aceitando que não se pode fazer tudo e que algumas coisas vão além da sua interferência. A culpa é só uma forma de punir seu espírito por algo que ele não fez.
 
Ser mãe, mais do que acertar, é errar, é errar sendo. Só assim se é mãe de verdade. Nenhuma mãe é perfeita, não se iluda. E, se houver alguma, me desculpe, mas que pessoa chata não haverá de ser.
As boas mães não são perfeitas. As melhores mães são aquelas que chegam o mais perto disso possível, mas sabendo que haverão pedras no caminho e que ignorá-las é caminhar pela metade.
A coisa mais perfeita que você pode deixar de lição para seu filho é permitir que ele seja imperfeito. Milagre não é ser a mãe perfeita. Milagre é ser a melhor mãe que você pode e se sentir feliz com isso. E ponto.  
 
 


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