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Um livro aberto é um cérebro que fala


23/10/2021 04:00

Daniela Yuri Uchino
Escritora, doutora em letras pela USP e autora do livro “Somos todos malas”    

Meu primeiro contato com os livros na infância foram fábulas ilustradas acompanhadas de discos de vinil coloridos, verdes e vermelhos. Despertava a curiosidade e divertia: ver as ilustrações, sentir o cheiro do livro, virar as páginas, e ouvir encantada a narração das histórias por várias e repetidas vezes. 

No começo da alfabetização, ganhei livros da minha irmã mais velha, Tânia, que na época gostava e sabia da importância da leitura para as crianças. Um deles me chamou a atenção: o título era, para mim, as letras mais diferentes do alfabeto e pouco usadas “WHYK”. Como o meu segundo nome começa com uma delas, fiquei muito curiosa – não costumava ver palavras iniciadas com essa e com as demais letras – assim, reli esse livro várias vezes. A partir daí, comecei a despertar o interesse pela leitura e pela língua portuguesa.

A leitura para mim há muito tempo significa calma, concentração, contemplação, ler de forma lenta para saborear as palavras e a escrita. Foi assim com a leitura dos versos em paisagens escritos pela minha mãe nos sonetos, com os iluminados momentos dos haicais e dos minicontos com poucas palavras. Essa leitura permaneceu nas descrições de ambientes, cenas, personagens, nas tramas e nos diálogos mostrados nas narrativas dos romances, contos e crônicas. Para mim, é como conseguir naquele momento absorver e reter aqueles versos e as linhas daqueles enredos dos livros, na confiante e grandiosa intenção de acreditar que ficarão comigo, guardados. Para sempre.

Nas palavras do indiano Rabindranath Tagore (1861-1941), poeta, romancista e prêmio Nobel de Literatura (1913): “Um livro aberto é um cérebro que fala; fechado, um amigo que espera; esquecido, uma alma que perdoa; destruído, um coração que chora”.


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