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Estado de Minas Editorial

Sinal de alerta


20/09/2021 04:00

Mais de 1 milhão de pessoas morrem por suicídio anualmente em todo o mundo. O dado assustador é da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, são registrados anualmente cerca de 13 mil casos. A cada 45 minutos, um brasileiro tira a própria vida, sendo a maioria das mortes relacionadas a doenças mentais e ligadas à faixa etária mais jovem. Apesar de ser um tema pesado, doloroso, é preciso cada vez mais falar sobre o suicídio abertamente, desmistificando e eliminando os tabus sobre o assunto.

Os números são preocupantes, principalmente porque houve aumento de 30% nas duas últimas décadas entre adolescentes e jovens, com impactos profundos na família e na sociedade como um todo. Os problemas que levam ao suicídio são, em grande parte, relacionados a transtornos mentais, principalmente a depressão, seguidos do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

A pandemia de COVID-19 agravou ainda mais as doenças mentais. Casos de depressão e ansiedade, que já vinham aumentando nos últimos anos, cresceram 80% diante do estresse, medo de contaminação e morte pelo coronavírus, insegurança e desemprego. A falta de convívio social com o isolamento pode ser um gatilho para aumentar o risco de suicídio.

Para orientar a população, prevenir e desmistificar o tema, desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza todos os anos o Setembro Amarelo. A campanha tem como objetivo prevenir e reduzir os altos números de suicídio no país. Neste ano, a campanha também adverte para os efeitos da pandemia. O isolamento social e as sensações de medo vividas por muitos durante esse período devem ser observados com cuidado.

A campanha envolve um trabalho de conscientização de toda a sociedade para lidar com casos de ideação suicida e da importância de informar e acolher pessoas que se encontram vulneráveis mentalmente, e estão mais suscetíveis a tirar a própria vida. Apesar de ter um mês dedicado à prevenção do suicídio, a campanha Setembro Amarelo ocorre o ano inteiro com a divulgação de materiais e cartilhas educativas.

E não tem como ser diferente. É preciso jogar foco neste tema diante da gravidade de um problema que poderia ser evitado aos primeiros sinais de alerta. A Organização Mundial da Saúde estima que pelo menos nove em cada 10 mortes por suicídio podem ser evitadas com educação e campanhas de prevenção. É importante promover a saúde mental, acolher pessoas em sofrimento e com ideações suicidas para reverter esses elevados números de mortes no país e no mundo. E isso envolve informação, campanhas educativas de conscientização e prevenção, além de um trabalho de escuta e acolhimento.

Especialistas em saúde mental orientam procurar ajuda profissional aos primeiros sinais de alerta. Nem sempre os sintomas são visíveis, mas é possível ficar atento a sinais como alterações no apetite e no sono, desinteresse por tudo, desânimo, agressividade e isolamento. Além disso, o círculo afetivo da pessoa com ideação suicida é fundamental no sentido de apoiar, acolher, encorajar e desenvolver uma escuta empática.

Não é criticar ou banalizar os sentimentos de quem está em sofrimento emocional, mas buscar um apoio médico e psicológico para que a pessoa consiga sair desse drama. Mais do que nunca, é papel da sociedade, dos órgãos de governo, das associações médicas e da imprensa falarem sobre o tema, esclarecer e conscientizar a população sobre o cuidado com a saúde mental e combater o preconceito que cerca o assunto. Da mesma forma, o poder público tem que disponibilizar atendimento médico e psicológico na rede de saúde para acolher pessoas em sofrimento mental. Informação, escuta ativa e acolhimento são o tripé que pode levar à prevenção e redução de casos de suicídio.


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