(none) || (none)
UAI

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas

A violência virtual

Os adolescentes são impulsivos por natureza, logo o cuidado precisa ser mais presente


13/09/2021 04:00

Marihá Lopes
Psicóloga clínica, especialista em terapia cognitiva comportamental e doutora em psicologia social


Nunca é fácil ler ou ter conhecimento sobre alguém tirando a própria vida, mas infelizmente, há pouco tempo, o fato de um jovem de 16 anos publicar um vídeo em uma rede social foi suficiente para a avalanche de comentários negativos, violentos e homofóbicos. Com a velocidade fora do comum com que informações circulam e viralizam, em instantes, uma vida se vai. Nos últimos anos, o consumo online vem aumentando de forma exponencial e com isso temos visto um aumento também no bullying virtual, mais conhecido como cyberbullying. De acordo com a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), uma a cada 30 crianças e adolescentes em 30 países já foram suas vítimas e as redes sociais foram o espaço virtual com mais casos de violência. Pensando nesse excesso de vulnerabilidade que encontramos hoje, o que pode ser feito para minimizar esse tipo de situação?
 
Os adolescentes são impulsivos por natureza, logo o cuidado precisa ser mais presente. Fique de olho no que é consumido por eles, tente entender o que eles estão acessando, mantenha o diálogo aberto dentro de casa para debater assuntos atuais e esteja atento a mudanças comportamentais. Os adolescentes e também as crianças costumam mudar seus comportamentos quando passam por situações difíceis de serem enfrentadas. Então, se seu filho sempre foi extrovertido e do nada fica mais introspectivo ou violento, preste atenção! Pode ser que algo esteja acontecendo e ele não saiba como falar ou pedir ajuda. Por isso, a comunicação dentro de casa é fundamental. Se, mesmo com o diálogo mais próximo, seu filho ainda estiver diferente, vale a pena buscar ajuda profissional. O psicólogo e o psiquiatra podem ser bons aliados nesse momento. No atendimento psicológico, o jovem poderá se abrir e expor o que está acontecendo e, a partir disso, pode-se montar estratégias em seu cotidiano. A participação da família é um fator muito importante para implementar algumas das estratégias.
 
Sabemos que os jovens buscam fazer parte de grupos e serem aceitos, mas será que é preciso estar em situações de extrema exposição para passar a ser alguém no grupo? Com tantos debates sobre direitos e aceitações, vale a pena levar para roda de conversa familiar esses excessos de exposições online e buscar equilíbrio na vida desses jovens. Afinal, a vida, de verdade, acontece no offline.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)