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Estado de Minas editorial

Todos de olhos na América do Sul

Com quase 600 mil mortes, o Brasil só fica atrás, em números absolutos, dos Estados Unidos, que registram mais de 650 mil óbitos


12/09/2021 04:00

Ao mesmo tempo em que a temida variante Delta avança e desafia o sistema de saúde de diversos países mundo afora, imunologistas buscam explicações para um fenômeno que ocorre na América do Sul. Em quase todos os países da região, que havia pouco era o epicentro mundial da pandemia de COVID-19, registra-se, nas últimas semanas, uma acelerada diminuição nas infecções por coronavírus. As taxas, observam os especialistas, desabam à medida que a campanha de vacinação deslancha. Mas a queda acontece de forma tão acentuada e tão brusca que eles ainda não conseguem explicar quais são exatamente as causas da reviravolta.
 
Note-se que, nos primeiros meses do ano, por exemplo, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai, Peru e Uruguai viram-se às voltas com forte expansão do contágio por coronavírus. As consequências foram dramáticas: superlotação do sistema hospitalar e milhares de mortes. No território nacional, o número de óbitos chegou a ultrapassar a marca de 3 mil por dia. Diante da trágica situação brasileira, o renomado Instituto para Métricas de Saúde e Avaliação (IHME), da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, chegou a prever que, no melhor dos cenários, o país chegaria ao início de setembro com cerca de 800 mil mortes. No pior, quase 1 milhão de pessoas perderiam a vida para a doença.
 
Felizmente, graças sobretudo à vacina e, também, ao uso de máscara, nenhuma das duas estimativas do IHME se concretizou. Ainda assim, a realidade brasileira é trágica: uma das piores do mundo. Com quase 600 mil mortes, o Brasil só fica atrás, em números absolutos, dos Estados Unidos, que registram mais de 650 mil óbitos. Além disso, os EUA se veem às voltas agora com novos surtos provocados pela Delta, com aumento nas taxas de infecções e mortes. Na quarta-feira, por exemplo, mais de 3 mil americanos perderam a vida para a covid-19 em 24 horas.
 
No momento, o Brasil – apesar de não dispor de imunizantes de sobra, como os EUA – conta com uma população disposta a se vacinar. Lá, a Casa Branca esbarra na resistência de uma parcela significativa de americanos que se recusam a ser imunizados. O preço a pagar pelo negacionismo é alto: cerca de 99% dos casos graves e de mortes recentes nos Estados Unidos têm como vítimas pessoas não vacinadas e que mostram resistência em aderir aos protocolos de proteção, como o uso de máscara e o distanciamento físico.
 
Divulgado na quinta-feira, o mais recente Boletim Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz, atesta a diminuição de mortes e casos graves da doença no Brasil. E confirma que a taxa de internação em leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) recuou no país. Mais de 90% das unidades da Federação e 85% das capitais, aponta o estudo, estavam fora da zona de alerta, com taxas de ocupação abaixo de 60%. Roraima era exceção. Aparecia como o único estado na zona crítica, com índice superior a 80%. Epicentro da mutação Delta no país, o Rio de Janeiro apresentou queda na ocupação de UTIs, recuando de 72% para 66%, o que agora o coloca na zona de alerta intermediário.
 
No boletim, pesquisadores do observatório destacam que a vacinação está atingindo o objetivo de proteger a população. Mas, ressaltam, o índice ainda alto de positividade nos testes de COVID-19 e a elevada taxa de letalidade da doença (hoje em 3% no país) indicam que a transmissão do vírus ainda é intensa. Por isso, defendem, é preciso concluir a imunização da população adulta, intensificar a imunização de jovens dos 12 aos 17 anos e aplicar, o mais rápido possível, a terceira dose em idosos, portadores de doenças crônicas e imunossuprimidos. Por enquanto, é crucial não deixar de lado cuidados, como o uso da máscara, até que todo o país esteja com a imunização completa.


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