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Educação sucateada na área de engenharia

A pandemia 'quebrou' a rotina das pessoas. A forma de se relacionar, estudar, trabalhar mudou


23/07/2021 04:00

Francisco Oliveira
Engenheiro civil e mestre em mecânica dos solos, fundações, geotecnia e sócio diretor da Epal Engenheiros Associados

Há alguns anos, a modalidade de ensino a distância (EaD) tem se expandido para tornar mais acessível a educação superior. Com a pandemia, que impôs o isolamento social, essa procura tem aumentado ainda mais. Segundo dados da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), desde o início da crise sanitária provocada pela COVID-19, houve um aumento de 30% nas buscas por um curso de graduação on-line. Ainda de acordo com estimativas da Associação Brasileira Mantenedora de Ensino Superior (Abmes), em parceria com a empresa Educa Insights, em 2022, o número de universitários nessa modalidade de ensino será maior do que na presencial. A projeção inicial era para 2023, porém o processo foi acelerado.
 
Não vou negar que essas ferramentas virtuais têm facilitado o acesso ao ensino, mas, também, sucateado a qualidade das graduações, desvalorizando, ainda mais, a educação no país, o que tem reflexo direto na engenharia civil. Quando analisamos o fato de que alunos de engenharia tinham 6 mil horas de aulas e, hoje, têm 3.200, não é um milagre que está sendo feito. Alguma coisa na formação desse profissional está sendo cortada. É preciso dedicação aos estudos para formar bons profissionais, para evitar riscos de acidentes como prédios que desabam, barragens que se rompem. Que aprendizados, nós especialistas do setor, vamos tirar desses desastres? Todas essas fatalidades, sejam em dimensões pequenas, médias ou grandes, pedem momentos de reflexão e, volto a afirmar, de estudo. O que estamos vendo é um menor comprometimento com a melhor solução técnica econômica aplicável.
 
A educação a distância não deveria ser tratada como uma mercadoria. Porém, de acordo o Censo 2017 da Abed, os cursos de graduação on-line foram os que mais deram retorno financeiro às empresas educacionais, totalizando uma porcentagem de 17,85%. Por outro lado, o Brasil mantém a constância na perda de posições no ranking de universidades mundiais, o QS World University Rankings by Subject.
 
É preciso encarar os desafios em adequar o EaD em um aprendizado de qualidade. A pandemia “quebrou” a rotina das pessoas. A forma de se relacionar, estudar, trabalhar mudou. Não existe mais nada de normal nesse “novo. Entretanto, é preciso ter esse momento de reflexão sobre a degradação da vida profissional.


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