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Estado de Minas editorial

Disputa contra o coronavírus

Epidemiologistas alertam para a necessidade de os estados e municípios concluírem a segunda etapa da vacinação


17/06/2021 04:00

Os governadores João Doria, de São Paulo, Flávio Dino, do Maranhão, e o prefeito Eduardo Paes, do Rio de Janeiro, iniciaram uma disputa para ver quem imuniza primeiro a população contra a COVID-19. Doria anunciou que até 15 de setembro todos os paulistas acima de 18 anos estarão vacinados no estado. Dino apelou para a tradição das festas juninas e promoveu, no último fim de semana, o Arraial da Vacinação, com direito a bumba meu boi, forró, mingau de milho e até prêmio em dinheiro para atrair os maranhenses à imunização, abrangendo as cidades de São João de Ribamar, Paço do Lumiar, Raposa e São Luís. A competição se estendeu a outros estados e municípios país afora.

Paes reconheceu o governador de São Paulo como “pai da vacina” no país, mas adotou a “filha” de Doria e está na dianteira da corrida pela vida, com mais de 14% de cariocas vacinados com duas doses. São Paulo segue na segunda posição, e o Maranhão ainda é o lanterninha entre os concorrentes. O temor de todos é a possibilidade de uma terceira onda da epidemia, uma vez que, até agora, não houve um arrefecimento expressivo da crise.

A oscilação no ritmo da vacinação se deve à falta de doses provocada pela irregularidade na chegada de insumos ao país, à descoberta de novas variantes e à contrapropaganda às orientações de especialistas, que se transformou num caldo tão letal quanto o vírus. Hoje, o país está muito próximo de meio milhão de óbitos (493 mil, nessa quarta-feira) por COVID-19 e beira os 18 milhões de infectados. Em contrapartida, menos de 12% da população recebeu as duas doses de vacinas necessárias à imunização dos indivíduos.

Pressionado pelo avanço da CPI da Pandemia, o governo apressa os acordos com diferentes laboratórios, a fim de ampliar a oferta de imunizantes contra o vírus – providência que poderia ter sido tomada em 2020, mas foi postergada pelo negacionismo ainda hoje difundido pela narrativa oficial, com o presidente Bolsonaro insurgindo-se contra medidas restritivas adotadas por governadores e prefeitos para tentar conter a disseminação do coronavírus, como lockdowns, toques de recolher e obrigatoriedade de uso de máscaras e distanciamento social.

Embora os esforços sejam positivos, epidemiologistas alertam para a necessidade de os estados e municípios concluírem a segunda etapa da vacinação, principalmente entre a parcela de risco da população, como os idosos e entre os que têm comorbidades. Todas as iniciativas são bem-vindas. A autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a estados e municípios para a compra de vacina é um novo passo para ampliar a imunização.

O momento exige que mais torneios dessa natureza entre os estados e municípios sejam incentivados, levando em conta a orientação da ciência, para que a vacinação alcance um ritmo mais acelerado e chegue o quanto antes a toda a população brasileira. Não há outra forma de o país levantar o troféu ou a medalha de ouro na competição se não vencer a luta contra o letal coronavírus.


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