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Educação é essencial!

No Brasil, o retrocesso causado pelo contexto do coronavírus pode ser de até quatro anos


28/05/2021 04:00 - atualizado 27/05/2021 22:26

Bartô
Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembleia Legislativa de Minas Gerais
 
A educação básica no Brasil corresponde à pré-escola, o ensino fundamental e o ensino médio, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96). Em relação aos investimentos, somos o terceiro país da América Latina que mais investe em educação! Mas, afinal, por que temos um retorno pífio, de pouco valor? Por que países que investem menos que o Brasil, ou, proporcionalmente, igual em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) têm resultados melhores?

A resposta é simples: falta-nos eficiência e planejamento no tocante à destinação dos recursos para a educação. Principalmente na educação básica, que tem os piores resultados, segundo dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). Os estudantes brasileiros têm uma baixa proficiência em diversas matérias de ensino se compararmos com outros países que compõem essa avaliação. No caso da América do Sul, o Brasil tem a pior nota em matemática e ciências; já em literatura, tem a segunda pior nota. Pois é, a retórica “Não se faz Copa do Mundo construindo hospitais e escolas” não envelheceu nada bem, não é mesmo? Pergunta para aquele seu amigo rico, militante, que está há mais de nove anos na faculdade, o que ele acha disso tudo? Ou melhor, para aquele sindicalista que acha que a solução é “furar” o teto de gastos ou pedir greve geral.

O pai do conservadorismo, Edmund Burke, afirma que “é um erro popular muito comum acreditar que aqueles que fazem mais barulho a lamentar-se a favor do público sejam os mais preocupados com o seu bem-estar”; acredito que seja o caso…

Estudo encomendado pela Fundação Lemann ao Centro de Aprendizagem em Avaliação e Resultados para o Brasil e a África Lusófona, vinculado à Fundação Getulio Vargas (FGV), para simular a perda de aprendizado que os estudantes podem ter sofrido com a pandemia, mostra números assustadores. Enquanto em outros países a média do atraso na educação é de três a nove meses, no Brasil, o retrocesso causado pelo contexto do coronavírus pode ser de até quatro anos.

Para se tornar um professor, é necessário muitos anos de estudo e trabalho, igualmente, para todos os profissionais da educação. Logo, a atividade do ensinar é, sim, essencial! Que infelizmente foi bastante negligenciada durante a pandemia da COVID-19. As atividades escolares foram suspensas, sem levar em consideração os danos que seriam acarretados com a paralisação. Mais uma vez, a educação no Brasil foi colocada no escanteio.

É hora de os responsáveis terem coragem e se colocar ao lado da educação. E não contra.

Há mais de um ano luto pelo retorno “híbrido” das aulas. Acredito que, se mesclarmos o ensino presencial com o remoto, possibilitaremos o retorno das atividades presenciais, garantiremos o distanciamento social entre os alunos e respeitaremos a liberdade de escolha daqueles que ainda se sentem inseguros com a volta presencial.
 


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