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Dia de combate à infecção hospitalar

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Jan Carlo Delorenzi
Diretor do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Presbiteriana Mackenzie
 
Em tempos de pandemia, hospitais lotados, crise e colapso dos sistemas público e privado de saúde, um outro “fantasma” ronda as unidades de pronto-atendimento e de internação: a infecção hospitalar.





O tema é tão importante que 15 de maio é o Dia do Combate à Infeção Hospitalar e os melhores hospitais têm departamentos e comissões dedicados ao controle e disseminação de patógenos em ambiente hospitalar. Mas por que esse tema é tão relevante?

Considerando que o paciente em internamento pode estar imunologicamente vulnerável, a disseminação de patógenos que, muitas vezes, são resistentes aos tratamentos disponíveis propicia o agravamento do quadro clínico, favorecendo o aparecimento de outras condições patológicas, e em alguns casos evoluindo para o óbito. Muitos pacientes internados por COVID-19 têm desenvolvido pneumonias bacterianas, nefropatias infecciosas, entre outros quadros subjacentes, que são motivadores do número devastador de mortes que temos observado desde março de 2020.

Sendo assim, para um combate e controle eficientes de infecções causadas por patógenos do ambiente hospitalar, é preciso adequação de espaços físicos, equipes multiprofissionais treinadas e conscientes da importância de evitar a disseminação dos patógenos, informação acessível tanto aos profissionais quanto aos pacientes e seus acompanhantes.

Um outro aspecto relevante é levar a população a entender o que é infecção hospitalar e os perigos de uma disseminação desses patógenos fora desse ambiente. Nesse sentido, há sempre uma discussão da higiene e paramentação para, por exemplo, entrar em UTIs – os cuidados não são apenas para evitar a entrada de patógenos, mas principalmente para evitar a saída de micro-organismos que podem ser carregados nas roupas, sapatos, telefones celulares.

Muitos pacientes e frequentadores dos hospitais não entendem algumas medidas, mas sempre são tomadas para o bem do indivíduo e da população. Além disso, é imprescindível que os serviços de saúde sejam rigorosos com as metodologias adotadas para controle da infecção hospitalar, estabelecendo uma comunicação muito efetiva com todos os atores envolvidos. 




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