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O exemplo vem dos EUA

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Durante um bom tempo neste mais de um ano de surgimento e disseminação do novo coronavírus, os Estados Unidos estiveram no epicentro da pandemia, com os maiores números de casos confirmados da doença e de mortes em decorrência dela. Isso se deveu em grande escala ao descaso do governo Trump quanto à gravidade da situação e, em consequência, à má condução do combate da enfermidade.



Com a mudança de gestão e a posse do novo presidente, Joe Biden, com postura antagônica à de seu antecessor, o cenário mudou radicalmente. Biden tratou de estimular as medidas de prevenção à circulação do vírus e, principalmente, de investir pesado na vacinação. Cumpriu a promessa de aplicar 100 milhões de doses nos 100 primeiros dias de governo em pouco mais da metade do previsto (58 dias) e, recentemente, antecipou pela segunda vez o prazo para que a vacina esteja disponível para todos os maiores de 18 anos. Antes marcada para o fim e, depois, para o início de maio, a data determinada agora é o dia 19 deste mês.
 Assim, com a vacinação próxima de todos os adultos, sem restrições nem regras de prioridade, os EUA, que já aplicaram a primeira dose em mais de um terço da população e imunizaram totalmente cerca de dois terços dos idosos (acima dos 65 anos), sinalizam que estão a caminho de controlar a pandemia em seu território.

São lições do governo Biden às quais o Brasil deveria prestar atenção – guardadas, é claro, as diferenças de poderio, principalmente econômico, entre as duas nações. Justamente por falta de um comando central de combate à doença e ao desafinado discurso das esferas do poder público sobre as necessidades de isolamento social é que a pandemia está descontrolada em nosso país. O caos e o horror se espalham, com praticamente toda a rede hospitalar em colapso e sucessivos recordes diários de mortes, que nos colocam rumo a tomar dos próprios Estados Unidos o triste posto de líderes mundiais em óbitos por COVID-19 (ainda estamos em segundo).

Como a ciência já deixou claríssimo para as pessoas de bom senso e vem sendo repetido à exaustão, manter medidas rígidas de controle da circulação de pessoas (e, portanto, do vírus), enquanto se acelera ao máximo a vacinação, são imperativos para tirar o Brasil da situação lamentável em que se encontra.




audima