Jornal Estado de Minas

artigo

Casa de Juscelino, um apelo nacional!





Paulo Célio de Almeida Hugo
Médico, ex-prefeito de Diamantina e membro 
do Grupo de Amigos da Casa de Juscelino


Um véu quaresmal ainda cobre a Casa de Juscelino! Parece que o rompimento de suas aleluias estender-se-á ainda por um bom tempo, Deus sabe lá até quando.





O dualismo dos tempos se sucedem! Depois do verão vem o outono; depois desse vem o inverno; depois do dia vem a noite; depois da guerra vem a paz; depois da tempestade vem a bonança! Mas essa sequência – espero que eu esteja errado – parece não se reproduzir com a nossa querida Casa de Juscelino, que ganhou liminares na Justiça contra o Estado de Minas Gerais; corrigiu, tempestivamente, as ressalvas detectadas em suas prestações de contas; apelou para diversas autoridades e amigos influentes; idealizou inciativa justificável para saldar as dívidas acumuladas, como o leilão do quadro de JK, infelizmente abortado por decisão judicial. Enfim, luta contra uma correnteza injusta e contra uma maré revoltante, levando-a para um fundo de rio ou de mar que sufoca e asfixia sua continuidade e sua sobrevivência.

Em artigo anterior, registrei que a Casa de Juscelino é a nossa Casa, a nossa CAUSA!

Muitos que o leram se manifestaram e chegaram a depositar valores financeiros diversos que ajudaram a pagar contas de água, luz e internet que estavam atrasadas e, em seu nome, registro aqui o nosso agradecimento.

Até o momento, o Estado de Minas Gerais, representado por seus governantes, pouco ou nada se sensibilizou, o que me espanta e me pasma. Afinal, Minas deu ao nosso país sete presidentes da República (oito se se considerar também Itamar Franco), mas jamais, nenhum deles, foi maior que o nosso conterrâneo Juscelino Kubitschek de Oliveira, não diminuindo os demais de qualquer outro mérito! Nenhum outro presidente ou político deste país tem seu nome estampado em tantas casas comerciais, produtos de todas as naturezas, ruas, avenidas, praças e demais referências, tanto com seu nome completo, quanto à sua famosa sigla JK. Cabe, precipuamente, ao estado de Minas Gerais manter a memória do ex-prefeito de Belo Horizonte, do ex-deputado federal, do seu ex-governador, e por fim, do seu mais ilustre ex-presidente da República do Brasil, filho legítimo desta terra tijucana e, portanto, mineiro genuíno!

É inadmissível e incompreensível que a Casa de Juscelino permaneça assim como está e urge mudar alguns rumos!

O Grupo de Amigos da Casa de Juscelino, do qual faço parte, autorizado pelo seu presidente, Serafim Melo Jardim, percebendo o esgotamento das suas tratativas com o governo do nosso estado, tomou a iniciativa de proceder conversações com a governança do estado de São Paulo e com o seu setor privado, como também se prepara para outras investidas com o objetivo de estender conversações semelhantes com outras esferas estaduais. Quiçá, fora do nosso estado, teremos o apoio, o reconhecimento e o dever de todo cidadão brasileiro em preservar a memória do maior presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek de Oliveira.

Aleluia! É o que se espera.






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