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Atenção à saúde mental feminina

A ostentação e culto de corpos esguios, rígidos e ditos 'perfeitos' nas redes sociais vem causando efeitos nocivos


09/03/2021 04:00

Camilla Bastos
Gerente de marketing da operadora 
de planos de saúde You Saúde
 
A chegada das redes sociais trouxe diversos benefícios para a nossa sociedade. Desde o surgimento de um novo ambiente de interação até a instauração de mais um importante espaço para o impulsionamento de carreiras, empresas, organizações e negócios. As vantagens dessas ferramentas tecnológicas são infinitas. No entanto, elas também estimularam o estabelecimento de padrões estéticos e de vida irreais e inalcançáveis para a maioria das pessoas.
 
A ostentação e culto de corpos esguios, rígidos e ditos ‘perfeitos’ nas redes sociais vem causando efeitos nocivos, principalmente nas mulheres, que constantemente são cobradas e pressionadas a se adequar a esse modelo de beleza.
 
Uma grande parcela das mulheres não consegue, ou mesmo não quer, se encaixar nesses padrões. E isso deveria ser respeitado, mas não é o que acontece. As que não se enquadram são julgadas e em alguns casos até atacadas virtualmente. As consequências mais evidentes dessa padronização são o aumento da ansiedade, depressão, distúrbios alimentares e de imagem entre a população feminina e a elevação da demanda por intervenções estéticas e cirúrgicas. Essa é uma realidade bastante preocupante, pois demonstra o quanto a busca pelo corpo ideal tem afetado a saúde mental das mulheres e incentivado comportamentos obsessivos e imprudentes.
 
De acordo com uma pesquisa realizada pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps), o Brasil se tornou o país que mais realiza cirurgias plásticas no mundo, chegando à marca de 1,4 milhão em 2018. Entre as intervenções mais procuradas estão o aumento mamário com prótese de silicone e a lipoaspiração. É preciso ressaltar que grande parte desse público é composto por mulheres. Muitas delas veem a cirurgia plástica como um dos caminhos mais efetivos para elevar a autoestima e obter boa aceitação no meio social. No entanto, não é somente esse tipo de mercado que está se beneficiando da procura feminina pelo corpo perfeito. Hoje, o crescimento da indústria de cosméticos e beleza, das academias e clínicas de estética é fortemente pautado pelo nosso consumo.
 
Nessa corrida pela perfeição, muitas mulheres criam expectativas de que só encontrarão a felicidade ao atingir determinado grau de beleza ou status. E, com isso, criam metas absurdas e que não estão de acordo com sua estrutura corporal ou estilo de vida.
 
Hoje, ao mesmo tempo em que nos deparamos com mulheres empenhadas em se adequar ao conceito de beleza altamente exaltado nas redes sociais, também é possível encontrar diversos outros exemplos de personalidades femininas que assumem suas medidas, aceitam suas imperfeições e amam os seus corpos como eles são. Para atingir esse nível de aceitação não é fácil, mas é possível. Acho que o primeiro passo é o autoconhecimento, que fará com que a mulher enxergue suas qualidades, reconheça suas limitações e valorize suas características mais marcantes. Outros importantes componentes para essa mudança são o autoamor e o autorrespeito. É um processo longo e nem sempre indolor, mas com certeza será muito gratificante. Nada é tão prazeroso quanto se sentir bem, seguro e confortável com o próprio corpo. 
 
 


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