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Selfies e cirurgia plástica entre jovens


26/02/2021 04:00

Pedro Nery Bersan
Cirurgião plástico do Hospital Madre Teresa e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

As selfies já entraram para a rotina dos brasileiros e, principalmente, dos jovens – público cativo das redes sociais. O que muitos não imaginavam é que esse hábito aumentaria a demanda deles por procedimentos estéticos. Cada vez mais, os jovens incomodados com a sua própria imagem em fotos estão procurando especialistas para corrigir aquilo que consideram como “imperfeição”. O adolescente e sua família devem avaliar se a mudança, realmente, é para melhorar a autoestima ou é apenas por causa de uma cobrança excessiva em busca de um padrão social de beleza. 

A influencer digital Suzanna Freitas, filha da cantora Kelly Key, disse para seus seguidores nas redes sociais que fez uma cirurgia plástica aos 16 anos para implantar prótese de silicone. Ela contou que não estava satisfeita com a flacidez dos seios, atrapalhando a sua autoestima. A decisão recebeu o apoio da família, que a acompanhou em todo o processo. 

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) apontou que os jovens foram responsáveis por 6,6% dos procedimentos, índice superior ao dos Estados Unidos (4%), no último censo. É papel do cirurgião plástico analisar as demandas do paciente, conscientizando-o das expectativas reais e respeitando a anatomia de cada um. As estatísticas colocam o Brasil na liderança absoluta de jovens que passam por esse tipo de cirurgia.

É importante ter a consciência de que uma cirurgia plástica é um procedimento médico e, por isso, nunca deve ocorrer por “modismo”. A referência de algo inalcançável ou características faciais de uma celebridade não farão a pessoa conquistar uma melhor versão de si. O anseio é frequente, principalmente, com os famosos filtros das redes sociais, permitindo que o usuário chegue a um padrão de “perfeição visual” cobrado pela sociedade.

A cirurgia plástica mais procurada pelos adolescentes é a rinoplastia, intervenção para remodelar o nariz, seguida pelo implante de silicone e a otoplastia (cirurgia de “orelha de abano”). Os especialistas explicam que não existe uma idade ideal para fazer o procedimento, aconselhando uma análise detalhada de cada caso. Outra recomendação é escolher médicos cirurgiões certificados pela SBCP, para um procedimento seguro e com melhores resultados.

A Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps) aponta o Brasil em 1º lugar no ran- king mundial de cirurgias plásticas estéticas (13,1%), ultrapassando os Estados Unidos (11,9%). Segundo a Pesquisa Global 2019 sobre procedimentos estéticos/cosméticos da Isaps, divulgada em dezembro de 2020, foram registradas mais de 1,493 milhão de cirurgias plásticas estéticas no país, além de mais de 1,072 milhão de procedimentos estéticos não cirúrgicos. O público que mais procura por cirurgia plástica foi o feminino (70%), mas o crescimento de homens é visível, uma vez que, nos últimos anos, subiu de 5% para 30%.

A cirurgia plástica estética é uma aliada para a pessoa que não se sente confortável com determinadas características pessoais. Um jovem pode realizar o procedimento estético, desde que o objetivo seja para propor mais qualidade de vida e elevar sua autoestima. As redes sociais não são para buscar padrões de beleza, mas para estreitar relacionamentos.


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