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Estado de Minas editorial

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É importante lembrar que, por enquanto, a vacina é o único recurso para evitar a disseminação do novo coronavírus


15/02/2021 04:00

O uso de ivermectina e cloroquina vem sendo defendido por muitos, inclusive pelo presidente Jair Bolsonaro, na prevenção e no tratamento da COVID-19, apesar de não ter nenhuma comprovação científica da eficácia desses medicamentos. Recentemente, um post chamou a atenção no Twitter. O médico pneumologista Frederico Fernandes, presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), comentou sobre um paciente jovem que desenvolveu hepatite medicamentosa após tomar a ivermectina durante uma semana, a uma dosagem de 18 miligramas por dia, para tratar o coronavírus. Ele sofreu comprometimento no fígado e pode vir a ser submetido a um transplante.

A ivermectina é indicada para vários tipos de infestações por parasitas, entre elas as causadas por piolhos e sarna. Pesquisador há 25 anos sobre a ivermectina, o veterinário e professor Marcelo Beltrão Molento, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em artigo publicado no periódico científico One Health, adverte sobre os riscos do uso indiscriminado desse medicamento, que representa um grande perigo quando aplicado em dosagem alta, podendo provocar intoxicação, doenças hepáticas, problemas intestinais e distúrbios neurológicos, entre outros.

Estimuladas pelo Ministério da Saúde e por declarações do próprio presidente da República, muitas prefeituras adotaram o “kit COVID” e nem por isso os números de internações e mortes caíram no Brasil. O Conselho Federal de Medicina (CFM), em um primeiro momento, deixou a cargo dos médicos a prescrição de medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina, entre outros, para tratar pacientes contra a COVID-19. Posteriormente, divulgou nota afirmando que não existem evidências robustas de alta qualidade que possibilitem a indicação de uma terapia farmacológica específica para o novo coronavírus.

Atualmente, as principais sociedades médicas e organismos internacionais de saúde pública não recomendam o tratamento preventivo ou precoce com medicamentos, incluindo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Mesmo com alertas de especialistas, pesquisadores, médicos, conselhos de farmácia e órgãos de regulação de que não existem evidências científicas, muitas pessoas ainda insistem em procurar tratamentos preventivos para a COVID-19. Grupos em redes sociais, contrários à vacinação, atuam na desinformação e em fake news. Defendem o uso indiscriminado de drogas como ivermectina e cloroquina, com a alegação de que, se não fizer bem, mal também não faz. Nada mais errado que esse raciocínio, haja vista que até “chás inocentes” podem levar a complicações hepáticas ou renais.

É importante lembrar que, por enquanto, a vacina é o único recurso para evitar a disseminação do novo coronavírus. Quanto mais pessoas forem sendo imunizadas, maior a proteção para a sociedade como um todo. Enquanto a vacina não alcança toda a população, continua valendo o que os imunologistas vêm pregando desde o início da pandemia: evitar aglomerações, usar máscara e higienizar as mãos com álcool em gel. Se cada um fizer sua parte, os índices de contaminação tendem a cair.


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