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Estado de Minas editorial

Dupla missão

Os novos comandantes do Congresso deverão estar atentos à continuidade do combate à pandemia e ao negacionismo, e atuar como guardiões da democracia


20/01/2021 04:00

A eleição das novas Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, em 1º e 2 de fevereiro, respectivamente, é a mais importante do Legislativo desde a última redemocratização do país, há 35 anos. Dois momentos históricos cruciais dão essa relevância à disputa pela presidência das duas Casas e exigirão visão de longo prazo e ampla capacidade de conciliação de Baleia Rossi (MDB-SP) ou Arthur Lira (PP-AL), na Câmara, e de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) ou Simone Tebet (MDB-MS), no Senado – os favoritos na disputa –, porque os desafios são gigantescos.

O primeiro momento é o enfrentamento da mais grave crise de saúde pública dos últimos 100 anos, que já contaminou 8,5 milhões de brasileiros e tirou a vida de mais de 210 mil. Longe de baixar a guarda diante da chegada das vacinas e diante da fragilidade e da insensatez do Executivo em conscientizar a população e combater o coronavírus, o Legislativo, certamente, terá que assumir um protagonismo nessa luta.

Antes de mais nada, caberá às novas Mesas Diretoras agir com rigor para combater a politização das ações contra a pandemia, dentro ou fora do Congresso, e a persistente onda de negacionismo que emerge de camadas obscuras das redes sociais e se alastra como praga igual ou pior do que o próprio vírus. Continuar negando a doença e a eficácia das vacinas só vai agravar a crise sanitária.

Como tem o poder de criar leis para coibir tais aberrações, o Congresso Nacional precisará deixar de lado a política partidária pura e simples para pensar grande, pensar na população brasileira, no bem-estar coletivo, e não no de indivíduos egoístas e oportunistas, que ora se apresentam por aí, que tentam, por exemplo, coibir determinadas vacinas sem apresentar argumentos científicos. 

O segundo momento histórico que dá relevância à troca de poder no Legislativo está umbilicalmente ligado ao primeiro, porque dele dependerá o controle do vírus e a continuidade da democracia tão duramente vilipendiada ao longo da história do país e, principalmente, nos últimos anos, com a ameaça do neofascismo global, que também emerge das redes sociais. 

São as eleições presidenciais e parlamentares de 2022, quando serão postas à prova, em definitivo, as ações do governo brasileiro. A começar pelo enfrentamento de um fantasma chamado voto impresso. As urnas eletrônicas utilizadas no Brasil são um exemplo para o mundo. Não há fraudes, nem indícios delas, como já afirmou várias vezes o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Barroso. 

Negar a tecnologia é estupidez, o que é preciso é desenvolver mecanismos que garantam o seu uso eficaz pelo bem da democracia.

Portanto, os novos comandantes do Congresso deverão estar atentos a essa dupla e difícil missão a partir de fevereiro: a continuidade do combate rigoroso à pandemia e ao negacionismo, e atuar com a firmeza e a responsabilidade que o cargo exige como guardiões da democracia, refutando arroubos autoritários nas eleições gerais que se aproximam.


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