(none) || (none)
UAI

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas editorial

A pandemia não acabou

A necessária abertura da economia e de espaços públicos exige responsabilidade, consciência e colaboração


01/10/2020 04:00

Imaginemos que um brasileiro estivesse durante nove meses isolado em lugar sem acesso a jornal, rádio, tevê, internet e pessoas em situação diferente da dele. No feriadão do Dia da Pátria, ele abandona a reclusão e desembarca no Rio de Janeiro. Além do belo cenário da natureza banhado por um sol radiante, vê a paisagem humana que sempre viu.  

Adultos e crianças congestionam a areia da praia, enchem os calçadões, ocupam as mesas das barracas, lotam bares e restaurantes. Ambulantes exibem mercadorias que atraem os passantes, interessados na compra deste ou daquele produto. Vendedores de bebidas, picolés e guloseimas circulam com desenvoltura entre os banhistas.

Por desconhecer a tragédia de 2020, o até então recluso brasileiro vê o normal pré-pandemia. O normal hoje, porém, é o novo normal – ponte que permitirá a passagem até o retorno aos anos que antecederam a crise sanitária com a qual os cinco continentes convivem sem dispor de vacina ou de medicamento eficaz.

Em janeiro, a China anunciou a descoberta do novo coronavírus, que, em velocidade inédita na história das pandemias, se espalhou mundo afora. Da Ásia chegou à Europa e, de lá, à América. O saldo: mais de 1 milhão de mortos e quase 34 milhões infectados no mundo. No Brasil, a perda de vidas se aproxima de 145 mil e o número de infectados beira 4,5 milhões.

Governos, cientistas, organizações internacionais, apanhados de surpresa, tiveram de enfrentar o desafio às escuras. Buscaram – e buscam – respostas capazes de proteger as pessoas. Descobertas tidas como corretas, hoje, mostram-se erradas ou insuficientes amanhã.

As medidas que mostraram eficácia até agora são três: manter o distanciamento social, higienizar as mãos e usar máscaras. Graças a elas, evitou-se tragédia maior, cujo clímax seria o colapso da rede hospitalar e a perda evitável de vidas. Longe está, porém, de significar relaxamento de cuidados.

A necessária abertura da economia e de espaços públicos exige responsabilidade, consciência e colaboração. A chegada da primavera, com dias mais longos e temperatura agradável, parece empurrar adultos e crianças para a rua. O mesmo ocorreu nos Estados Unidos. Depois de meses de estabilidade e cifras baixas, os casos de coronavírus voltaram a crescer. É a segunda onda, que precisamos evitar. A ordem: compromisso e responsabilidade.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)