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Estado de Minas

Reduzir a nossa produção de lixo

Cada vez que sai um caminhão de uma indústria carregado de resíduos, ele leva consigo muito dinheiro


14/08/2020 04:00

Leo Cesar Melo
CEO da Allonda, empresa de engenharia com foco em soluções sustentáveis

Diariamente, produzimos no Brasil, aproximadamente, 215 mil toneladas de lixo, um pouco mais de 1 quilo por pessoa. Em um mês, são quase 6,5 milhões de toneladas e, ao final do ano, 78,4 milhões de resíduos são colocados nas portas das casas. Esses são dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, feito em 2017, que também ressalta que 91% da produção é coletada, mas somente 56% desse total tem a destinação correta.

Levando em consideração ainda os 9% que nem sequer são coletados, podemos concluir que, para cada tonelada gerada, 460 quilos são descartados de maneira irregular, o que demonstra um potencial de prejuízo ao meio ambiente.

A primeira coisa a fazer parece um pouco óbvia, que é reduzir a produção de lixo. Será que tudo o que é colocado para destinação final realmente precisa estar ali? No entanto, tenho visto com preocupação o cenário desse mercado de resíduos sólidos no Brasil.

Pesquisa que realizamos, recentemente, sobre gestão de resíduos, com empresas de diferentes setores (mineração, farmacêutico, automotivo e  agronegócio, entre outros), revela que para 60% delas o "aterro zero", que tem por objetivo dar uma destinação mais nobre do que aterros e incineradores a pelo menos 90% dos resíduos gerados durante o seu processo produtivo, ainda não é uma meta.

No entanto, os prejuízos vão para além do aspecto ambiental. A pesquisa também mostra que 56% das empresas reconhecem que o desperdício de matéria-prima, água e energia é a principal perda econômica nesse processo. Ou seja, cada vez que sai um caminhão de uma indústria carregado de resíduos, ele leva consigo muito dinheiro.

Serve como um bom exemplo os efluentes industriais de uma indústria alimentícia. Esse material, normalmente rico em matéria orgânica, pode passar por tratamento para se tornar água de reúso (impactando os custos com água) e, também, uma biomassa, que pode ser aproveitada como fertilizante ou ser queimada para gerar energia a partir de um biogás (contribuindo na redução de custos com energia, ou gerando um novo produto para venda). Mas há outras inúmeras alternativas.

Portanto, que tal olharmos de maneira diferente para o que se descarta diariamente? Os orgânicos podem ir para uma composteira e se tornar adubo. Plásticos, vidros, papéis e outros materiais recicláveis podem ser destinados a locais que dão o devido tratamento a eles. Com uma simples mudança de perspectiva, podemos levar cada vez mais aquela tonelada diária que geramos para perto do zero.


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