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Estado de Minas

O trabalho não vai parar


08/08/2020 04:00

Marcelo de Souza e Silva
Presidente da CDL/BH

Esta foi uma semana marcada pela esperança. Depois de uma quarentena de quase cinco meses, a maior do mundo, parte do setor de comércio e serviços de Belo Horizonte voltou a reabrir suas portas às vésperas de uma importante data comemorativa, o Dia dos Pais. As perspectivas de vendas estão aquém dos anos anteriores, uma vez que a pandemia causou uma grave retração econômica em todo o país. Obviamente, houve queda na renda da maioria das pessoas. No entanto, para quem sobreviveu a esta dramática situação e está podendo reabrir as suas portas, trata-se de um momento singular na vida de qualquer estabelecimento.

Nesses 140 dias de muita angústia e sofrimento, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte empenhou-se ao máximo para o enfrentamento dessa situação, trabalhando para salvar vidas, manter empresas e garantir os empregos. Fizemos muito. Desde o início da pandemia, nosso primeiro foco foi a saúde das pessoas. Realizamos diversas campanhas educativas e continuamos trabalhando para preservar vidas. Orientamos as empresas sobre os novos procedimentos sanitários a serem adotados no ambiente de trabalho e alertamos toda a população para a necessidade do uso das máscaras, a constante higienização pessoal e evitar ao extremo as aglomerações. Instalamos 50 dispositivos de álcool em gel nas estações de transporte público mais movimentadas da cidade. Eles vão permanecer à disposição dos usuários de ônibus até o final do ano.

E, ao mesmo tempo, procuramos oferecer a quem mais precisou amparo, ajuda e socorro para que os empreendedores pudessem manter vivas suas empresas e o emprego dos seus trabalhadores. Lamentavelmente, muitas sucumbiram pelo caminho e, consequentemente, empregos foram perdidos, comprometendo o sustento de milhares de famílias. Porém, empenho da nossa parte não faltou.

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte está sendo voz ativa em todo o país para alertar sobre os problemas que afetam o setor de comércio e serviços, em especial os micro, pequenos e médios empreendedores. Denunciamos, lá em março ainda, a dificuldade de acesso ao crédito. Mas não ficamos apenas na denúncia. Buscamos soluções e hoje a CDL/BH está auxiliando milhares de empreendedores a terem acesso facilitado ao crédito em condições bem mais favoráveis que o sistema financeiro tradicional está oferecendo. A parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais no Programa Estímulo 2020 está proporcionando crédito que está sendo de fundamental importância para a sobrevivência de muitos estabelecimentos.

Por outro lado, ampliamos nossos produtos e parcerias e criamos o programa É pra Já, oferecendo às empresas soluções práticas para o enfrentamento da pandemia e até mesmo no processo de transição para o tão falado “novo normal”. Na enxurrada de novas legislações nas áreas econômica e trabalhista, oferecemos consultorias gratuitas para todos os interessados. Também auxiliamos muitas empresas a entrarem no mundo digital, ministrando cursos diversos para o aprimoramento das vendas pela internet. Enfim, quem precisava resolver um problema, da nossa parte não faltou determinação em socorrer.

Mas esse trabalho não pode parar. Os efeitos da pandemia ainda continuam sangrando o setor, que representa 72% do PIB em nossa cidade e emprega mais de um milhão de trabalhadores. O que precisamos, desde já, é que nossos governantes entendam que quem mais se sacrificou para salvar vidas em nossa cidade foi o comércio. Por isso, necessitamos de um olhar muito especial, sob pena de a economia da nossa cidade ficar tão combalida a ponto de comprometer a prestação de serviços públicos de primeira necessidade para a nossa população. A própria prefeitura já fala em perda de arrecadação próxima de R$ 1 bilhão neste ano.

Precisamos, também, que os governantes, em todas as esferas, saibam que em nossos 60 anos de história, completados este ano, a CDL/BH sempre pautou sua relação com o poder público pelo diálogo franco, aberto, sincero e respeitoso. Porém, com muita firmeza. Essa postura de independência sempre nos permitiu criticar os erros e elogiar os acertos do poder público. Não queiram que a CDL/BH, nesse processo de reconstrução da nossa economia, comprometa a sua independência e exerça papel de submissa ou de subserviente de quem quer que seja.  


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