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O efeito manada sobre o dólar


29/07/2020 04:00

Fernando Bergallo
Diretor de câmbio da FB Capital

É preciso começar a observar o cenário econômico global de forma mais madura ao invés de se deixar influenciar pelo alarmismo momentâneo.

Durante o primeiro pregão de 2020, o dólar estava a R$ 4,01. Na semana seguinte, o ataque dos EUA no Iraque marcaria o primeiro estresse sofrido pela Bolsa de Valores. Em fevereiro, o Brasil estava despreocupadamente curtindo o carnaval, quando no final do mês começaram a ser reportados os primeiros casos de coronavírus no país. Em março, quando a Bovespa perdeu 100 mil pontos, o câmbio estava no patamar de R$ 4,50 a R$ 4,60. Chegamos ao fundo do poço quando as bolsas dos EUA e Europa sofreram um crash gigante, culminando com a alta do dólar a R$ 5,90.

Passado esse cenário apocalíptico, já temos perspectivas de recuperação e reaquecimento da economia. Porém, se o cenário melhorou e se a vacina deve sair em breve, o que ainda estaria por trás das contínuas variações do dólar?

Em 2019, a variação média entre a máxima e a mínima do dólar no período de um dia foi de cinco centavos; já em 2020, subiu para 12 centavos. Minutos não são o suficiente para mudar a economia mundial. Então, ao que tudo indica, o mercado tem operado em função do alarmismo das notícias e não de seus fundamentos. A mídia e o comportamento frente ao lockdown acabam por impactar mais do que a própria Bolsa de Valores, mas não deveria ser assim. Sei, também, que muitos esperam encontrar uma relação entre o dólar e a política nacional, mas creio que nesse contexto o cenário internacional tenha peso 4 e o doméstico 1.

Claro que as mudanças trarão rupturas ainda imprevisíveis no modelo de trabalho. Com a disseminação do home office, por exemplo, ninguém sabe ainda qual será o fim de tantos escritórios. Mas devemos considerar que antes da pandemia os recursos tecnológicos eram os mesmos e que é preciso avaliar se vale a pena continuar com o novo modelo, caso ele interfira na qualidade do serviço. Cortar o aluguel pode não valer a pena caso afete os resultados.

Um investidor norte-americano que busca o prêmio não terá outra opção senão investir num país emergente para alcançá-lo. O Brasil é a sétima maior economia do mundo e, independentemente do governo, as relações históricas e sua liquidez, frente a todos os seus vizinhos sul-americanos, ainda é muito superior. Cerca de 30 vezes mais. É uma questão de não se deixar influenciar e analisar a situação sob um ponto de vista mais maduro e imparcial.
 


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