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Estado de Minas

Flexibilização da quarentena exige atenção

Os hospitais públicos ainda estão cheios, e os particulares podem voltar a lotar


postado em 09/07/2020 04:00 / atualizado em 08/07/2020 17:14

Sérgio Giro
Sócio e cofundador da Officilab

Nos últimos dias, ouvi de alguns médicos que a contaminação do novo coronavírus vem, aos poucos, diminuindo, a ponto de determinados hospitais estarem com algumas vagas em seu centro de terapia intensiva (CTI). E há levantamentos que corroboram com essa visão. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Ensino e Pesquisa na Área da Saúde (Iespa), desde o fim de maio, houve uma queda de 15% nos casos de COVID-19 nos hospitais particulares.

O surgimento de novos casos pode até não estar em um crescimento exponencial como antes – há alguns indícios de que a situação se estabilizou –, mas devemos ficar atentos às experiências já vividas por outros países, onde após um período de estabilidade os casos voltaram a crescer.

É preciso ser levado em conta alguns pontos importantes com a flexibilização da quarentena, como o controle da pandemia, a capacidade do sistema de saúde de enfrentar um eventual surto de novos infectados e do sistema de vigilância em saúde para detectar esses casos, incluindo assintomáticos. Os hospitais públicos ainda estão cheios, e os particulares podem voltar a lotar.

Quando falamos dos hospitais públicos, existe uma superlotação histórica. Levantamento realizado pelo Tribunal de Contas da União mostrou que 60% dos hospitais públicos estão sempre superlotados. Com a COVID-19, esse problema se acentuou.

Devemos considerar, também, que o retorno ao trabalho, principalmente para a população mais carente, ainda é arriscado. Além de ser um país populoso, muitos não têm acesso a um saneamento básico adequado, utilizam o transporte público para locomoção, sem contar os impactos psicológicos que já estão afetando muitas pessoas. O retorno deverá ser gradativo e as empresas precisam tomar certas medidas para assegurar a saúde e o bem-estar de seus colaboradores e clientes. Profissionais que podem exercer suas atividades, normalmente, de casa devem continuar atuando de forma remota para ajudar a garantir a segurança de quem necessita sair para trabalhar.

Todos os cuidados que já temos tomado, como o uso de máscara, higienização das mãos e uso contínuo do álcool em gel, devem permanecer por muito tempo. A conscientização das pessoas em olhar para sua saúde e cuidá-la com atividade física e o uso de produtos que melhoram o sistema imunológico também deve aumentar ainda mais. O Brasil está longe de ter uma imunidade coletiva que possa garantir o desaparecimento da transmissão desse vírus.

Assim, por mais que a taxa de novos casos nos hospitais particulares tenha caído e que tenhamos uma estabilidade na curva, os impactos sobre o sistema de saúde ainda são preocupantes. É momento de sermos extremamente cuidadosos para voltar focados na medida de distanciamento. Se continuarmos unidos e cautelosos, poderemos controlar essa doença com sucesso e, aos poucos, conseguiremos retornar às nossas atividades com maior segurança.


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