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Festival de safadezas. Como cansa!


postado em 22/06/2020 04:00

Fábio P. Doyle
Da Academia Mineira de Letras
Jornalista

A safadeza, desculpem o termo forte, mas é o que eles, os safados, merecem, continua a imperar entre os que procuram motivos para derrubar o presidente eleito por 57,7 milhões de brasileiros. Inventam, deturpam, omitem, usam, e se lambuzam, de todos os meios possíveis, a maioria ilícitos. A última safadeza foi colocar na boca de Bolsonaro uma palavra que ele não pronunciou. Ele não mandou "invadir" hospitais. Pediu apenas que enfermarias de hospitais públicos ou de campanha, as que são destinadas a doentes com coronavirus, fossem filmadas "como muita gente já está fazendo, para mostrar se os leitos estão ocupados ou não, se os gastos com recursos públicos são compatíveis ou não" (porque, a observação é nossa, muitos governadores e prefeitos mentem para receber mais ajuda financeira, podendo, assim, roubar mais). E o presidente termina o apelo dizendo: "Isso nos ajuda" .

Onde está a tal ordem de invasão? Mentira espalhada e divulgada fartamente por todo o país, acolhida e publicada pela mídia, jornais, TVs, de forma irresponsável, pois não precedida da indispensável comprovação. Como as boas normas jornalísticas recomendam.

Como é próprio para o período junino, fogos de artifício e fogueiras movimentaram e embelezaram as noites enluaradas do mês. Em Brasília, os fogueteiros dirigiam os foguetes, com suas cores bonitas, na direção do prédio do STF, certamente como um aviso de que os foguetes juninos podem ser substituídos por algo mais consistente e destruidor se os ministros daquela casa continuarem a "esticar a corda", como um general advertiu em face de decisões controvertidas que ali vêm sendo proferidas. Revelando imaturidade e nenhuma habilidade inteligente, o presidente da corte, Dias Tofolli, talvez amedrontado, pediu a abertura de investigação à Polícia Federal e ao Ministério Público, para apurar a origem dos foguetes coloridos e "punição para quem os lançou contra o STF"... Se lhe sobrasse um pouco de inteligência e malícia, teria, até com ironia, agradecido o festival de fogos e estrelas presenteado à sede de um dos poderes da República. O agradecimento desarmaria os fogueteiros mal-intencionados e encerraria o episódio. Que repercute em desfavor do Supremo no país e fora dele.

É, o jornalismo não é mais aquele dos bons tempos. Não consigo entender emissoras de TV gastarem tanto tempo e tantos repórteres, cinegrafistas, carros, motoristas na cobertura da viagem de helicóptero e em veículos policiais, minuto a minuto, metro a metro, do tal Queiroz, um suspeito de participar de esquema criminoso, do interior de São Paulo para o Rio. Bastaria registrar sua prisão e sua chegada na delegacia da PF no Rio. Seria falta de assunto? Queiroz foi preso, conforme consta do mandado assinado por um juiz e cumprido pela PF, "para não atrapalhar investigação polícial em andamento". Não é acusado de praticar um crime. Se for, e se comprovado, que sejam condenados, ele e seus comparsas. Mas o exagero dos jornais e TVs na cobertura de sua prisão, até com manchetes de capas (Adélio Bispo, que tentou matar Bolsonaro, nunca mereceu cobertura parecida...), evidencia o motivo verdadeiro, que é, via seu filho, amigo de Queiroz,  atingir o presidente. Safadeza em penca!

Ao mesmo tempo, não vi em nenhuma TV qualquer notícia sobre a invasão da sede do jornal virtual Folha Política, de SP, pela Polícia Federal, por ordem absurda e inconstitucional do ministro Alexandre de Moraes. O jornal, invadido às 16h do dia 17/6, teve todos os seus equipamentos, computadores, celulares, apreendidos, impedindo-o de funcionar. Agressão à imprensa, desrespeito à livre manifestação de pensamento, de opinião. Silêncio conivente da mídia dominada pela esquerda, das entidades de classe, da OAB, comandada por uma diretoria comunista. Pois é...

Que vergonha o 10 a 1. O dito e hoje desmoralizado Supremo caiu de quatro, embora os 10 vergonhosos do placar, ao considerar legal e válido o chamado inquérito das fake news, inventado pelo seu presidente Tofolli, mancomunado com seu comparsa Alexandre de Moraes, por ele nomeado, discricionária e ditatorialmente, relator do monstrengo.

O presidente só poderia abrir inquérito, nos estritos termos regimentais, na hipótese de ter havido agressão aos ministros ou à instituição dentro, no recinto do tribunal. O que, é óbvio, não poderia ocorrer com as supostas fake news, meras mensagens em redes sociais. Apenas um ministro, Marco Aurélio de Mello, percebeu o absurdo, votando contra o que chamou de "um projeto natimorto". Quem extrapolou foi o ministro Fachin, ao afirmar que todo o território nacional deve ser considerado uma extensão do recinto do STF... Argumento doido de pedra acolhido, sem contestação, pelos demais ministros, a não ser Marco Aurélio, sempre polêmico, mas muitas vezes sustentando a tese correta. Foi um apenas.

Finalmente, uma triste mas necessária reflexão, diante de tantos episódios desprimorosos, de tantas safadezas. O presidente Bolsonaro está abatido, com olheiras, certamente maldormido. Não é para menos. Enfrenta uma guerra diária, guerra suja, pois aética, da parte dos que querem afastá-lo do governo. E ainda tem que aguentar problemas que envolvem seus filhos, parece que só um deles escapa. Agora, com o caso do tal Fabrício Queiroz, um cidadão muito estranho. Afinal, seus filhos são maiores, independentes do papai. É o que ele deveria alegar. Mas não o faz. Sai em defesa deles, o que o prejudica e afeta sua saúde. Filhos, filhos... Mas o tal Queiroz!


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