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Estado de Minas

Norte Solar


postado em 18/06/2020 04:00 / atualizado em 17/06/2020 20:46


Alberto Pinto Coelho
Ex-governador do estado de Minas Gerais


Os verdadeiros estadistas são contemporâneos de seu tempo e visionários. Nessa seleta galeria figuram ilustres mineiros que têm em comum, em seus currículos, passagem pelos cargos de governador do estado e de presidente da República: JK arrebatou Minas com o binômio energia e transportes, que desaguou no Plano de Metas e na interiorização do país, com a construção de Brasília; Tancredo Neves foi figura central na redemocratização do país; e Itamar Franco, responsável pela implementação do Plano Real.

No encalço de seus predecessores, o hoje senador Antonio Anastasia, em cuja gestão tive a honra de ocupar o posto de vice-governador, conduziu Minas Gerais com olhar voltado para o futuro. Atento aos avanços tecnológicos e munido dos mapas eólico e solarimétrico, elaborados pelo qualificado corpo técnico da Cemig, não escapou à sua aguçada visão o potencial de geração de energia solar do Norte de Minas, que dispõe de luminosidade solar entre as mais candentes do planeta.

Entre outras missões delegadas, incumbiu-me o governador de coordenar grupo de trabalho para fixar política pública de estímulo e atratividade para implantação de parques geradores de energias renováveis. Com a participação das secretarias de Desenvolvimento Econômico e de Fazenda, da Cemig e da ALMG, que, convidada, designou para a empreitada o deputado Gil Pereira, o grupo atuou com ênfase na incorporação da geração solar à nossa matriz energética, lastreada no potencial hidrelétrico do estado, que é considerado "a caixa d'água do país". O resultado de todo o esforço conjunto foi a fixação de avançada legislação estadual para o desenvolvimento do setor, corporificada nas leis 20.824/2013 e 20.849/2013 e no Decreto 46.296/2013.

Constatávamos, na ocasião, o contínuo avanço tecnológico e construtivo dos equipamentos produzidos mundo afora para essas novas fontes de energia limpa, ampliando a capacidade de geração das unidades fabris e a oferta de equipamentos, disponibilizados a preços cada vez menores, tornando essas fontes alternativas de energia competitivas e economicamente atrativas.

Paralelamente, a Cemig empreendeu um plano de reforço de médio prazo, visando atender às novas demandas. O plano contemplou melhorias nas subestações do Norte de Minas e ações que permitiram a inclusão, no planejamento nacional desenvolvido pela Empresa de Planejamento Energético (EPE), da expansão das redes de transmissão. Atenta à nova realidade e à abertura de um mercado competitivo de geração denominada distribuída, e para atrair parcerias, a Cemig criou a subsidiária Cemig - GD.

O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Agostinho Patrus, reconhecendo a relevância da geração solar e da questão hídrica do Norte do Estado, com o apoio integral da Mesa Diretora, constituiu comissão extraordinária assegurando, assim, o devido destaque para essa pauta. Aludida comissão, presidida pelo já citado competente e abnegado deputado Gil Pereira, tendo como vice o deputado Betinho Pinto Coelho, tem proporcionado em suas audiências palco permanente para debates com entidades e especialistas, constituindo-se em fórum catalisador de conhecimento e avanços, atraindo a presença de grupos investidores nacionais e internacionais.

Como fruto dos marcos reguladores, da expertise da companhia energética e de políticas públicas de fomento às fontes de energia limpa, o estado de Minas Gerais tornou-se referência e vanguardista na geração de energia solar, com planta instalada e conectada à rede pública. Partindo desse legado certeiro, o atual governo tem dado continuidade à política vigente e acaba de anunciar o licenciamento do maior projeto de energia fotovoltaica do Brasil, em Jaíba, no Norte de Minas.

Reconhecido o sucesso do licenciamento ambiental, é de se ressaltar o papel fundamental da Cemig na viabilização do projeto que assegurou o provimento dos meios técnicos de conexão e transmissão, imprescindível para a geração de energia. Com a nova usina, Minas Gerais saltará de uma potência de 755 megawatts (MW) para 2.122MW e tomará a dianteira no setor. Conforme divulgado, haverá a criação de mais de 40.000 vagas de emprego diretas e indiretas.

Em outro legado do governo Anastasia, no Aeroporto Indústria, que entrou em operação recentemente, acaba de ser anunciada pela BH Airport a implantação da Amerisolar Brasil, que produzirá cerca de 30.000 painéis solares mensalmente. Certamente, essa importante conquista associa-se de maneira sinérgica ao polo de geração de energia solar do Norte mineiro.

Governar frente aos enormes desafios sempre presentes é trabalho coletivo, de equipe, com planejamento elencando projetos e programas, com fixação de metas e resultados. Todavia, o traço distintivo da verdadeira liderança está na capacidade de iluminar o futuro e gerir a coisa pública com sensibilidade política e visão de estadista.

Assim, o governo Anastasia está chancelado pelo exemplo, pelas realizações e pelas inúmeras semeaduras, entre as quais o Norte Solar desponta como novo pólo de geração de energia limpa e renovável para o nosso estado e o nosso país.


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