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Estado de Minas EDITORIAL

O momento é de prudência


postado em 04/06/2020 04:00

O alerta é geral nos meios médicos e científicos: se houver o relaxamento antecipado e descontrolado do isolamento social, o Brasil poderá assistir a uma verdadeira carnificina nas próximas semanas, com o número de mortes provocadas pela epidemia do novo coronavírus subindo assustadoramente. Se o distanciamento social for reduzido de maneira açodada e sem as devidas medidas de precaução, como já vem ocorrendo em diversas regiões do país, pode haver uma elevação de até 150% dos casos de COVID-19 e percentual semelhante de óbitos entre os que contrairem a enfermidade. A projeção é de cientistas de universidades paulistas envolvidas no monitoramento do vírus.

Infectologistas fazem um apelo para que governadores e prefeitos não se deixem levar por pressões políticas e econômicas e concordem com a abertura das atividades não essenciais, sem um diagnóstico técnico-científico da real situação em seus estados e municípios. Apontam que a falta de liderança nacional no enfrentamento à epidemia está levando autoridades a liberarem a abertura da economia de forma desordenada e sem planejamento. Como exemplo, citam os dois meses em que o Ministério da Saúde ficou sem seu titular, depois que o Palácio do Planalto descartou os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich em plena crise do novo coronavírus.

A previsão é de que a reabertura descontrolada das atividades econômicas vai ter impacto maior nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas, onde acontecerá um "verdadeiro massacre", nas palavras do especialista Domingos Alves, do portal COVID-19 Brasil, grupo de cientistas e estudantes de universidades brasileiras que faz o acompanhamento da evolução da doença em todo o país. Para eles, cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus deveriam entrar em lockdown imediatamente, e não em processo de relaxamento, como vem sendo proposto.

O que preocupa mais os epidemiologistas é que, a partir de determinado momento, o Brasil se tornou o país com o maior índice de crescimento de casos confirmados e, hoje, a curva da taxa de registros confirmados ainda está em elevação. Atualmente, o Brasil tem cerca de 20 mil casos da COVID-19 por dia, o maior número do mundo, e muitos já falam que ultrapassará os Estados Unidos brevemente.
 
Se houver o relaxamento do isolamento social, não há dúvida de que a agonia provocada pela pandemia vai se estender durante meses a fio e a economia vai ter perdas muito mais pesadas. O momento é de prudência e, diante dos fatos, a flexibilização do distanciamento social e a retomada das atividades econômicas têm de obedecer a rígido planejamento, tendo como base os ditames da ciência. Isso para que o país não testemunhe a perda de milhares de vidas que poderiam ser salvas.


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