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Estado de Minas EDITORIAL

Apelo à serenidade

Todos os segmentos da sociedade devem buscar a pacificação, pois só assim a crise será superada de maneira duradoura


postado em 01/06/2020 04:00

O Brasil não deve cair na armadilha do confronto, que, inevitavelmente, levará a uma imprevisível crise institucional. Suas lideranças, nas três esferas de poder, precisam, urgentemente, retomar o diálogo para que o país possa atravessar a atual crise sanitária, social e econômica com os menores danos possíveis. O momento pede união e tranquilidade e a sociedade não pode ser contaminada pela radicalização. Isso iria contribuir, ainda mais, para o acirramento das disputas políticas e ideológicas que deveriam ser colocadas em segundo plano em meio à pandemia do novo coronavírus, que já matou quase 30 mil brasileiros e vem provocando verdadeira hecatombe econômica.

Trocas de acusações e ameaças, como as que têm feito o presidente Jair Bolsonaro contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e adversários, em nada contribuem para a construção de um programa de cunho nacional para enfrentar o tombo da economia e o inimigo invisível que avança sem trégua. A autoridade maior da República não pode pregar a desobediência ao que ele considera “ordens absurdas” do Poder Judiciário. A democracia se sustenta na harmonia e no respeito mútuo entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. O presidente, então, não deve se insurgir contra decisões judiciais, a exemplo do que ocorreu quando o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou buscas e apreensões, pela Polícia Federal, nas casas de apoiadores do Planalto.

Não interessa ao país a exacerbação das disputas políticas e ideológicas. Assim, não tem cabimento afrontas ao Judiciário como a feita pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, ao sugerir a prisão dos ministros do STF em reunião ministerial. O país está gastando e desperdiçando muita energia que deveria ser dispendida no enfrentamento, em nível nacional, da COVID-19 e na elaboração de um projeto de recuperação econômica, depois que a pandemia virar algo do passado.

A falta de diálogo só atrapalha a necessária retomada das negociações, no Congresso, para que sejam recolocadas na agenda as discussões sobre as reformas estruturantes, como a tributária e a do Estado, imprescindíveis para a volta do crescimento. As lideranças de todas as correntes de pensamento precisam se aglutinar e desenvolver um programa de recuperação da economia que deve encolher, este ano, mais de 5%, de acordo com previsões otimistas.

É chegada a hora de as forças democráticas se unirem, com a participação efetiva do Palácio do Planalto, em defesa dos valores tão caros à democracia e da criação de um projeto nacional de desenvolvimento. Espera-se, portanto, gesto de boa vontade do presidente Bolsonaro para que os ânimos não se acirrem mais e o diálogo, franco e produtivo, prevaleça. Todos os segmentos da sociedade devem buscar a pacificação, pois só assim a crise será superada de maneira perene e duradoura. Os agentes políticos precisam deixar de lado suas diferenças em prol de uma ação conjunta para superar a crise, tudo segundo os ditames da lei e em permanente diálogo entre as mais variadas correntes políticas. A serenidade e o bom senso se impõem em hora tão difícil para a nação.


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