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Estado de Minas EDITORIAL

A dengue e a COVID-19

Em tempos de isolamento social, não se pode esquecer dos cuidados para impedir a proliferação do vetor Aedes aegypti


postado em 11/05/2020 04:00

Em que pese que o número de mortes provocadas pela COVID-19 já tenha superado, em muito, as causadas pela dengue no Brasil, a luz amarela acendeu para as autoridades sanitárias devido ao iminente colapso do sistema de saúde, que será incapaz de acolher os infectados pela pandemia do novo coronavírus. Muito menos os portadores das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti – além da dengue, zika e chikungunya –, que já mataram milhares de brasileiros nos últimos anos. É natural que as pessoas, no meio de uma pandemia, releguem a segundo plano a ameaça representada pelo mosquito, mas a população não pode baixar a guarda.


Em tempos de isolamento social, não se pode esquecer dos cuidados para impedir a proliferação do vetor Aedes aegypti, como a eliminação de locais com água parada, criatório do inseto. É sabido que a taxa de mortalidade da COVD-19 é muito mais alta que a da dengue, mas isso não significa que o perigo tenha diminuido. Os sanitaristas ressaltam que a prioridade atual é o enfrentamento ao novo coronavírus, mas todo cuidado é pouco para impedir a multiplicação do mosquito da dengue.


Estudos científicos patrocinados pela Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que, enquanto a taxa de letalidade da COVID-19 varia de 0,04% a 11%, o índice de letalidade da dengue é de 0,05%. À primeira vista, pode parecer que a enfermidade transmitida pelo Aedes aegypti não é tão perigosa, se comparada ao novo coronavírus. No entanto, continua matando em todas as regiões do país e em todos os cortes populacionais.


Os especialistas não sabem, ainda, a dimensão do impacto do novo coronavírus num país que é endêmico para a dengue como o Brasil. De concreto, apenas que a COVID-19 se espalha com muito mais velocidade do que a dengue, zika e chikungunya porque não precisa de um vetor para sua transmissão. Além disso, ainda não se conhece uma vacina ou medicamento eficaz para debelar o novo coronavírus. Já para o combate ao Aedes aegypti existem os repelentes que a população pode recorrer.
Infectologistas defendem que as ações de rotina contra a doença têm de ser mantidas em todo o território nacional, mesmo durante a pandemia. Na avaliação do Ministério da Saúde, o crescimento do número de casos da dengue em 2020 pode ser explicado pelo fato de que em 2018 o tipo 2 do vírus da dengue (existem quatro sorotipos) voltou a circular, depois de uma década, e porque ele tem maior pontencial de manifestações graves. Assim, a vigilância tem de ser mantida, mesmo com o fim da temporada de chuvas, época em que proliferação do mosquito se dá de maneira mais intensa.


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