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Estado de Minas ARTIGO

Paciência, deturpação, hipocrisia. E traque


postado em 11/05/2020 04:00

Fábio P. Doyle
Da Academia Mineira de Letras
Jornalista

 

“Quando as pessoas temem o governo, isto é ditadura. Quando os governos temem o
povo, isto é democracia”

(George Washington, 1º presidente dos EUA)                                                                                                                                                                                               

Foi apenas um traque, sem consequências imediatas, para decepção dos que esperavam uma bomba de efeito destruidor. No seu depoimento à Polícia Federal, o ex-ministro Sérgio Moro confirma a insatisfação do presidente Bolsonaro com o comando daquela corporação e que, apesar de insatisfeito, nunca   interferiu naquele órgão. Disse que não constatou, nas atitudes e nos atos do presidente, nenhuma prática de crime. Ponderado, cuidadoso, Moro, tão admirado como juiz da Lava-Jato em Curitiba, cuidou para que sua biografia, afetada desde seu tumultuado afastamento do governo, possa recuperar o alto nível anterior. Os antibolsonaristas a qualquer preço, petistas, comunistas e muitos jornalistas, ficaram desolados. E buscam amparo na troca do diretor da PF e do superintendente no Rio de Janeiro, para continuar a campanha e os ataques.


Vamos ao tema de hoje. Difícil calcular o quanto a mente e o espírito do presidente Jair Messias Bolsonaro estão sendo afetados pela campanha, inédita na história, que contra ele fazem os órfãos do petismo na política, no       Legislativo, no Judiciário e na imprensa. É um massacre diário, usam até a seção de Cartas dos Leitores, e no caso da mídia, não apenas por aquele grupo jornalístico, mas por jornais e TVs de todo o país. Criticam e o condenam pelo que fez e não fez, pelo que disse ou deixou de dizer, quase sempre deturpando suas declarações. Os que hoje o atacam ficaram em silêncio, dizem que remunerado, diante de toda a bandalheira, a corrupção, nos governos Lula e Dilma.


Haja paciência! Que ele, provocado, nem sempre tem. Agora, confessa, e demonstra na face abatida: cansou. Interrompido por um jornalista ao contestar a Folha de S.Paulo, que o acusava de exigir, por motivos familiares, a troca do superintendente da PF no Rio, gritou, irritado: "Cala a boca!". Descontrolado, um dos seus defeitos, agora agravado, qualificou o jornal de "patife", afirmando que nem ele, nem seus filhos, respondem a qualquer inquérito naquela superintendência, ao contrário do publicado por aquele e por jornais de redações majoritariamente esquerdistas, à revelia das direções. "O superintende afastado foi promovido para um posto de direção da PF em Brasília. Como promover quem estaria perseguindo minha família?", perguntou.


Milhares de admiradores de Bolsonaro, que estava de mãos dadas com a filha, se reuniram na Praça dos Três Poderes, em Brasília, para lhe levar apoio e solidariedade e para protestar contra os que o atacam e agridem, marcadamente órgãos da imprensa e ministros do STF. Ataques aos que o atacam, seriam inevitáveis. E apelos por intervenção militar para restabelecer a harmonia         institucional que todos desejamos. Um incidente, por problema menor, em apuração, ocorreu entre um manifestante e um cinegrafista – a  oposição ampliou para "jornalistas e manifestantes". Foi o único.


A manifestação de apoio, pacífica, está sendo chamada pela oposição de "antidemocrática". Se fosse contra Bolsonaro, seria "democrática"? E como classificar o que fez o ministro Alexandre de Moraes, mandando prender manifestantes que estavam na frente de sua casa? Bolsonaro, acusam, ameaçou o regime ao afirmar ter o povo ao seu lado. Omitem e deturpam o resto da frase, a de submissão e respeito à lei e à Constituição, com o apoio das Forças Armadas. Não ameaçou o regime com um golpe de Estado, pretendido, sim, pelos que tentam derrubar um presidente eleito com 57 milhões de votos.


Se me permitem, para terminar, um registro pessoal. Quinta-feira, 30 de abril, escrevi e mandei para a redação o artigo "Troca de desaforos não dói", para ser publicado segunda-feira, 4 de maio. Nele critiquei, por entendê-la um prejulgamento, uma hipótese, uma suposição, logo inconstitucional, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que proibiu, em exercício de futurologia, a posse do diretor-geral da PF, Alexandre Ramagem, já nomeado, por ser amigo da família de Bolsonaro, logo, susceptível de ser por ele influenciado. Dois dias depois, 2 de maio, o famoso jurista Ives Gandra Martins se pronuncia no mesmo sentido, com argumentos semelhantes. Fiquei em honrosa companhia. Palmas.


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