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Estado de Minas

Um caminho sem volta para milharesde empresase empregos


postado em 27/04/2020 04:00

Richard Domingos
Diretor-executivo da Confirp Consultoria Contábil e especialista em gestão de empresas 

A crise gerada pelo novo coronavírus, juntamente com as ações desencontradas dos governos federal, estaduais e municipais, terá um impacto assustador na saúde econômica do país nos próximos anos, caso não ocorra uma imediata reformulação do modelo que se estabeleceu.

Como diretor de uma contabilidade com mais de mil clientes em todo o país, o cenário que tenho visto é avassalador. Muitas empresas não sabem os rumos a serem tomados e muitas estão já pensando em decisões extremas, como demissão em massa ou fechar as portas definitivamente. Isso ocorre, principalmente, nas micro, pequenas e médias empresas.

O que se observa é que a falta de articulação conjunta dos governos federal, estaduais e municipais acabará com milhares de empregos, pois os empresários estão sem saber o rumo a ser tomado. Veja a confusão que se dá: prefeituras tiram transporte de circulação e impedem que o trabalhador chegue ao trabalho e travam a geração de produção e o abastecimento da cadeia produtiva.

Por outro lado, os governos estaduais impedem abertura de lojas, restaurantes, indústrias e prestadoras de serviços, sem dar uma contrapartida para as empresas pagarem seus empregados e compromissos.

Por fim, o governo federal não acompanha essas ações e, além disso, flexibiliza a relação do trabalho, para que as empresas consigam encolher rapidamente – haja vista os impedimentos de produzir, vender e prestar serviços. A soma desses fatores, pode ter certeza, será um cenário aterrador, com um crescimento insustentável do desemprego, a queda da economia e um cenário de grande recessão.

O problema é que a falta de conversas entre os entes governamentais trará uma conta que todos nós vamos pagar, e o preço será muito alto, mas muito alto. Ter discurso politicamente correto neste momento não salvará milhares de pessoas que mergulharão na pobreza em meses. São necessárias ações.

Empresas não suportarão, pessoas simplesmente terão empregos ceifados, governos não terão dinheiro para cobrir os custos sociais, e a grande maioria da população estará quebrada.

É claro que temos que proteger a população e os grupos de risco, criar hospitais, dar atendimento. Não podemos aceitar as mortes de pessoas. Contudo, as medidas não devem pensar apenas no imediato, mas também no médio e longo prazo.

Não podemos criar um problema maior para daqui a uns meses. Ou se busca uma união para auxiliar a economia, o empresariado e a população, ou é previsível o colapso no sistema.

Ou os governos deixam as vaidades e interesses eleitorais de lado e pensam de forma séria na população e no empresariado, com medidas que minimizem os impactos do momento que vivemos, ou teremos uma população refém de programas sociais por muito tempo, e o custo será enorme para todos.

Enfim, é fundamental pensar na saúde, mas também criar mecanismos para manter a estrutura de emprego e renda funcionando, para pelo menos minimizar o caos futuro.


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