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Como ensinar às gerações futuras?

A formação de cidadãos globais deve ser o foco dos educadores


postado em 09/04/2020 04:00 / atualizado em 08/04/2020 20:47

Carlos Walter Dorlass
Professor e diretor-geral do Colégio Marista Arquidiocesano

Essa epidemia é diferente de todas as anteriores, pois no momento não há esperança de medicamento ou vacina a curto prazo em escala necessária para combatê-la. O seu risco vai muito além das dezenas de milhares de pessoas que já morreram e das muitas mais que morrerão.

Seu maior problema é que, ao causar o colapso de sistemas de saúde, o vírus aumenta a mortalidade de outras doenças. Espalha o pânico, aumenta significativamente a pressão social e política, paralisa a economia, a logística e desestrutura ecossistemas sociais e econômicos. Ao avesso do que acham muitos, as soluções para os desafios da saúde e da economia mundial e brasileira estão intrinsecamente ligadas.

Diante do cenário apresentado, como as escolas e professores devem garantir o desenvolvimento das futuras gerações?

Conforme a pesquisa da consultoria Mckinsey, os alunos do século 21 serão estimulados em soft skills, ou seja, em habilidades comportamentais e competências que envolvem elementos como a criatividade.

Isso não significa que o conteúdo das disciplinas fique em segundo plano. É preciso continuar investindo no conhecimento, porém, gerando uma nova personalização da transmissão desse conteúdo, com mais humanização, respeito às diferenças e o próprio ritmo do aluno.

No ensino contemporâneo, a criatividade deve ser trabalhada de forma conjunta com outros aspectos, como saber trabalhar em equipe e resolver problemas. Hoje, os jovens devem utilizar a criatividade para solucionar dilemas que ainda são incomuns e não têm soluções prontas. Assim, eles são provocados a pensar nelas.

Para as escolas, é preciso associar a criatividade à capacidade de execução, autonomia e protagonismo. Por esse aspecto, as disciplinas curriculares não perdem seu peso na formação do aluno. Além disso, é necessário desenvolver a empatia, que é a capacidade de vivenciar a dor e a alegria de outra pessoa, mesmo que a ligação entre elas não seja muito próxima. Basta apenas que se tenha o coração aberto para entender que cada ser humano é único e passa por situações distintas, que acabam por moldá-lo. Se pararmos e pensar, veremos que para se ter empatia é preciso, minimamente, saber ouvir e simpatizar com as dificuldades do outro.

Possuir uma bagagem cultural maior, associada às áreas de conhecimento, por meio de disciplinas como matemática, biologia, física, química, geografia, filosofia e outras, ajudará o aluno a pensar de forma diferente (mindset) e encontrar as soluções aceitáveis, executáveis e sustentáveis, combinando a criatividade com esses elementos.

Neste novo mundo que nos acena pós-pandemia, acredita-se que as habilidades pessoais serão ainda mais valorizadas. Os estudantes terão, cada vez mais, de ter uma noção de mundo muito mais universal e muito menos local. A formação de cidadãos globais, que busca por meio do aprendizado uma maneira de responder às necessidades de sua sociedade, deve ser o foco dos educadores.

Desse modo, saberemos, sem titubear, que estaremos oferecendo para o mundo sujeitos que sabem que a vida deve estar sempre em primeiro lugar.


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