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Usando uma metáfora do filósofo grego Platão, contida em sua obra A República, em que dialoga com seu mestre Sócrates, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, deixou cristalina como a água sua intenção de se pautar pelo conhecimento e a ciência, sempre, na guerra contra a pandemia do novo coronavírus, que vem conduzindo tão bem desde que a COVID-19 chegou ao país. Isso no dia (anteontem) em que esteve praticamente fora do governo – chegou a revelar ter esvaziado as gavetas de seu gabinete –, mas foi mantido no cargo, o que resultará em benefícios concretos à população brasileira, pois sua intenção primeira é salvar vidas.



Fez bem o ministro em defender, novamente, as recomendações da maioria da comunidade médica e científica e da Organização Mundial da Saúde (OMS), no sentido de que a permanência das pessoas em suas casas é a melhor arma contra a disseminação descontrolada do coronavírus. E valorizar a ciência – atacada por variados setores do governo em nome da necessidade de não deixar à míngua a atividade econômica –, que aposta no controle da circulação das pessoas para conter a pandemia.

É dever dos governantes se pre- ocuparem, também, com a questão econômica, mas a prioridade tem de ser a proteção dos cidadãos, cujas estatísticas de óbitos pela COVID-19 crescem a cada dia. Que sejam seguidos no Brasil os exemplos de praticamente todos os países afetados pelo novo coronavírus, inclusive os Estados Unidos de Donald Trump: a aposta no isolamento social depois da constatação da virulência propagação da doença.

“Vamos continuar”, disse Mandetta no início da noite de segunda-feira, depois de um dia de incertezas. Era certa sua demissão, justamente no momento em que a crise de saúde começa a ficar cada vez mais grave. Medida que nada ajudaria na batalha contra a expansão do contágio. No entanto, para o bem do país, o bom senso prevaleceu e o médico e ex-deputado federal continua seu trabalho incansável. Desempenho aprovado pela maioria do povo brasileiro, conforme pesquisas de opinião divulgadas recentemente.



Hoje, o ministro da Saúde tem o apoio de colegas militares na Esplanada dos Ministérios, que atuaram junto ao presidente Jair Bolsonaro para a permanência de Mandetta. Anteriormente, já tinha recebido apoio de dois expoentes do governo – Paulo Guedes (Economia) e Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) – em sua defesa da política de distanciamento social. Também conta com apoio expresso da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal, que veem nele a esperança na condução bem-sucedida dessa luta sem data para terminar e um medicamento comprovadamente eficaz. Como disse, acertadamente, Mandetta: “Nosso inimigo tem nome e sobrenome: COVID-19”. O país só tem a ganhar com sua pemanência à frente do Ministério da Saúde. É a certeza de que estamos na direção correta.