(none) || (none)
UAI

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas EDITORIAL

Indústria da saúde sem protagonismo

Mesmo com dinheiro disponível para a compra, os fornecedores estrangeiros têm preterido o Brasil


postado em 04/04/2020 04:00





O Brasil e a maioria dos países foram surpreendidos com o ataque do novo coronavírus. A epidemia começou em Wuhan, capital da província de Hubei, no Leste da China, e rapidamente se propagou pelo mundo. Grande parte das nações não estava preparada para o confronto com o que se tornou a maior pandemia deste século. As estruturas médico-hospitalares estavam aquém da velocidade de contágio do vírus.

A saúde pública brasileira há muito tem sido incompatível com a demanda nacional. A pandemia do coronavírus, que aportou no país em fevereiro (oitava semana do ano), tornou mais nítidas as deficiências. Faltam insumos básicos e equipamentos para os profissionais que estão na linha de frente do combate aos danos causados pelo coronavírus, como máscaras, equipamentos de proteção individual, luvas, respiradores e leitos nas unidades hospitalares e nos centros de tratamento intensivo.

O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, que bem vem conduzindo as ações no país, se diz preocupado com a falta de insumos disputados pelos países afetados pela pandemia. O maior fornecedor é a China, com mais de 90% da produção mundial do material indispensável à proteção e ao trabalho dos profissionais de saúde.

Mesmo com dinheiro disponível para a compra, os fornecedores estrangeiros têm preterido o Brasil. Na última quarta-feira, os Estados Unidos enviaram 23 cargueiros de grande porte à China, para suprir a necessidades norte-americanas.

“Quando acabar essa epidemia, eu espero que nunca mais o mundo cometa o desatino de fazer 95% da produção de insumos que decidem a vida das pessoas em um único país”, declarou o ministro, referindo-se ao gigante asiático, o maior parceiro comercial do Brasil.

Países europeus também consumidores dos produtos chineses começam a repensar a indústria local, incapaz de atender às demandas internas. Apesar dos  prejuízos econômicos e, principalmente, a perda de brasileiros, o coronavírus impõe um repensar aos que administram o Brasil.  

No documento Perspectiva de Investimentos – 2019/2022, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Complexo Industrial da Saúde (CIS) terá um crescimento moderado no período devido à incerteza no cenário de compras públicas. Ao contrário de outros segmentos, o CIS não tem previsão de investimentos. A pandemia acende os holofotes sobre esse segmento do parque industrial nacional.

Além de espaço no mercado internacional, há, principalmente, a tangível necessidade de evolução do CIS para atender as necessidades de um país continental como Brasil. Para isso, as políticas públicas de incentivo à ciência e à tecnologia se mostram, mais do que nunca, indispensáveis.



receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)