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Estado de Minas EDITORIAL

Prevenção, o bom e velho remédio

Constata-se a falta de conhecimento sobre o vírus e aumenta o preconceito contra asiáticos e mesmo quem esteja por perto com um simples resfriado


postado em 06/03/2020 04:00

Em pleno século 21, com todo o avanço da ciência e da medicina, ainda somos abalados por epidemias. Não bastasse a ameaça do coronavírus, que, no Brasil, já soma 636 casos suspeitos e oito confirmações da infecção, de acordo com o Ministério da Saúde, a população ainda tem que conviver com a ameaça da velha e não combatida dengue. O período chuvoso e quente da estação acende o sinal de alerta para o avanço da doença, com o surgimento de novos focos de reprodução do mosquito Aedes aegypti. Claro que o COVID-19 merece atenção, especialmente pelo fato de ainda não se saber como o vírus se comporta em países de clima mais quente e diante da confirmação da transmissão local, mas não podemos baixar a guarda em relação a outras enfermidades.

Nesta semana, Minas Gerais registrou a primeira morte do ano pela dengue e mais 10 óbitos ainda estão sob investigação, além do salto no número de registros prováveis (soma de suspeitos e confirmados), que subiu para 20.381, segundo a Secretaria de Estado de Saúde. O Brasil totalizou mais de 1,5 milhão de casos da doença em 2019, aumento de 488% em relação a 2018, de acordo com o Ministério da Saúde. Minas, São Paulo e Goiás representam 70% das ocorrências confirmadas no país no último ano.
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E, assim, a história se repete, exigindo mobilização da sociedade para conter o avanço do Aedes. Água parada em pneus, caixas e vasos de plantas, piscinas descobertas em residências fechadas, além de terrenos abandonados, mato e lixo acumulados são prato cheio para o mosquito. Há que se cobrar mais ação do governo, mas também deve-se olhar um pouco para a postura que cada um adota e reconhecer se está ou não fazendo a sua parte. Uma questão de se conscientizar e praticar a boa educação.

Se para o mosquito, muitas vezes, parece que estamos perdendo a guerra, no caso do coronavírus, cujo contágio é mais simples, sem a presença de um vetor, o potencial de estrago aumenta. Transmitido entre seres humanos por via aérea, contato com secreções ou objetos contaminados, a disseminação do COVID-19 pelo mundo, provocando a morte de milhares de pessoas na China e se espalhando por cinco continentes, coloca em dúvida o papel dos governos de frear a epidemia e impedir que ela se transforme em pandemia.

Especialistas e infectologistas têm insistido que a adoção de hábitos simples, como lavar as mãos com maior frequência, cobrir a boca ao espirrar e evitar aglomerações, é medida eficaz para conter a transmissão do vírus. Algumas precauções que também passam pela boa educação. Isso tem sido muito falado por autoridades e estudiosos da área da saúde, mas, diante de tantas fake news – como as de que o álcool gel a 70% não ajuda na higienização ou de que água morna com limão pode salvar uma vida –, constata-se a falta de conhecimento sobre o vírus e aumenta o preconceito contra asiáticos e mesmo quem esteja por perto com um simples resfriado.

É preciso, sim, que os governos sejam mais atuantes, unam esforços e parcerias, intensifiquem campanhas de prevenção ao coronavírus e à dengue. Promover e apoiar pesquisas que possam esclarecer dúvidas e erradicar essas doenças também. Mas, se cada um cuidar da higiene pessoal e do local em que vive, a chance de derrotarmos a dengue e sobreviver a mais um vírus – entre vários que já vencemos – torna-se muito maior.
 


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