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Onde investir em 2020

O comportamento da economia deve seguir a tendência de juros mais baixos nos próximos anos


postado em 03/02/2020 04:00


Lucas Vidigal
Diretor da Scopo Finanças Pessoais

As recentes mudanças no cenário econômico brasileiro provocaram profundas  transformações para os investidores nacionais. Segundo dados do Banco Central, a taxa Selic chegou ao patamar mais baixo de sua história em dezembro de 2019, a 4,5% ao ano.

Por ser a taxa básica de juros, a Selic impacta diretamente o CDI, que é uma importante referência no mercado financeiro para operações de crédito e investimentos, especialmente a renda fixa. Para os investidores mais conservadores, acostumados em aplicações como a caderneta de poupança, Tesouro direto e certificado de depósito bancário (CDB), a redução não é uma boa notícia. A rentabilidade em fundos de renda fixa tende a ser mais baixa daqui pra frente, dada a sua correlação com a Selic.

Ainda não está claro o quão duradouras serão essas novidades. É impossível predizer se os inúmeros fatores, domésticos e internacionais, que propiciaram tamanha mudança de patamar das taxas de juros, se manterão nos próximos cinco, 20 ou 30 anos. Mas fato é que precisamos encarar a possibilidade de uma Selic na casa dos dois dígitos ter ficado para trás.

O investidor de renda variável, por sua vez, tem tirado maior proveito desse novo cenário. Taxas de juros mais baixas incentivam os investimentos de empresas e o consumo, impactando, positivamente, a geração de emprego, o aumento da renda e o crescimento das empresas e da economia como um todo. Somam-se a isso as importantes reformas econômicas implementadas nos últimos anos, e já podemos observar alguns dados positivos, como geração de emprego, inflação controlada e retomada do crescimento econômico.

Com isso, não é de se espantar que o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, que mede as variações nos preços das ações das companhias brasileiras, tenha se valorizado quase três vezes em apenas quatro anos.

É justamente na bolsa que se encontram algumas das melhores oportunidades de investimento no ano. Apesar da expressiva valorização dos últimos anos, boa parte dos impactos positivos dessas recentes mudanças econômicas estruturais ainda estão por vir. As projeções da maioria dos economistas do mercado coincidem com as do Boletim Focus, do Banco Central, e de órgãos internacionais, como o FMI, de uma aceleração do crescimento econômico este ano. As expectativas para o PIB variam entre 2% e 2,5% em 2020. Isso tende a se traduzir em ainda mais geração de emprego e desenvolvimento para as empresas, o que reforça o otimismo com o mercado de ações.

Esse mercado pode ser acessado diretamente, comprando ações por meio de uma corretora, ou, indiretamente, através de fundos de investimento ou de previdência com exposição a esse tipo de ativo. Impulsionados pela retomada na economia e a reforma da Previdência, os fundos de previdência privada devem se destacar este ano. Segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), o valor investido nessa modalidade totalizou R$ 34,2 bilhões no terceiro trimestre de 2019 e a expectativa é que o crescimento desse segmento continue.

O comportamento da economia deve seguir a tendência de juros mais baixos nos próximos anos. O ganho real das aplicações mais conservadoras pode nunca mais voltar aos patamares de 2015, quando era possível encontrar aplicações em renda fixa com rendimentos de até 7% acima da inflação. Nessa época, era possível conseguir ganhos reais extraordinários, mesmo com produtos de investimentos relativamente ruins.

Vale ressaltar que a melhor estratégia é diversificar os investimentos. Isso possibilita que o investidor direcione uma parte do seu patrimônio a aplicações mais arriscadas, como fundos de ações e renda variável em geral, visando a ganhos expressivos acima da inflação, enquanto mantém outra parte alocada em renda fixa, visando reduzir os riscos da carteira como um todo. A proporção investida em cada uma dessas classes vai depender do perfil de risco e dos objetivos do investidor a curto, médio e longo prazo.

A redução da Selic não precisa ser uma notícia ruim para o investidor. O novo cenário apenas demanda um pouco de adaptação e maior consciência na escolha dos investimentos. Isso, por si só, já é um fato positivo.


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