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Estado de Minas EDITORIAL

Acabar com os privilégios

É necessário cortar os gastos "imorais" e destinar os recursos para bens e serviços que atendem a população


postado em 02/02/2020 04:00



A demissão de Vicente Santini, independentemente das consequências políticas que ainda não chegaram ao fim, chama a atenção para um fato que, volta e meia, frequenta o noticiário. Trata-se das mordomias que, teimosamente, se mantêm no âmbito dos três poderes, apesar das seguidas denúncias por parte da imprensa.

Santini usou um jato da Força Aérea Brasileira (FAB) para uma viagem à Índia, onde tinha compromisso profissional agendado em razão da visita do presidente Jair Bolsonaro àquele país asiático. O deslocamento, segundo estimativas da FAB, custou aos cofres públicos R$ 700 mil.

Ao anunciar o desligamento do secretário-executivo da Casa Civil, o presidente atacou um ponto nevrálgico da máquina do Estado: “O que ele fez não é ilegal, mas é completamente imoral”. Acertou. Mas precisa ir além – tornar ilegal o ato imoral. Em português claro: acabar com os privilégios, símbolo do atraso.

A imposição não se restringe ao Executivo. Engloba Legislativo e Judiciário. Carros oficiais, motoristas parti- culares, residências funcionais, cartões corporativos, jatos da FAB, férias em dobro, auxílio-moradia e tantas outras benesses são oferecidas aos servidores, que recebem altos salários e podem, como qualquer trabalhador, arcar com as próprias despesas.

“Todos são iguais perante a lei”, diz a Constituição. Mas existem os mais iguais, sustentados com verbas que faltam nos hospitais, nas escolas, nas estradas, na segurança, no transporte coletivo. É necessário cortar os gastos “imorais” e destinar os recursos para bens e serviços que atendem a população.

Autoridades em países desenvolvidos se confundem com o cidadão comum. Andam de transporte público, frequentam hospital público, matriculam os filhos em escolas públicas, pagam do próprio bolso luxos pessoais. Trata-se de comportamento que convém observar. Há quem diga ser essa a receita para melhorar o nível dos serviços que o Estado presta ao povo. Em suma: quando as Excelências virarem povo, o povo terá melhor qualidade de vida.


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