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Estado de Minas EDITORIAL

Brasil em sintonia com o mundo

A criação do conselho e da força nacional serviu como uma espécie de reparação


postado em 25/01/2020 04:00


A civilização avança e, com ela, novos paradigmas se impõem. Um deles, a preservação do planeta. Vão longe os tempos em que o desenvolvimento econômico se impunha a qualquer custo. Hoje, o respeito ao meio ambiente constitui preocupação número um de consumidores cada vez mais conscientes da importância de conciliar interesses empresariais com a saúde do clima, da água, do ar, da fauna e da flora.
 
Não por acaso ecologia e economia pertencem à mesma família. Ambas são formadas pelo radical eco. Em grego, oikos quer dizer casa — seja o lar, seja o mundo. A etimologia ensina que as fronteiras nacionais, fixadas por acordos políticos, perdem o sentido quando o tema tem abrangência glo- bal. Fenômenos extremos ignoram alfândegas e passaportes para circular em territórios transnacionais.
 
Um ano depois de assumir a Presidência da República, Jair Bolsonaro parece ter-se dado conta da delicadeza do tema e da urgência de apresentar medidas aptas a frear o desmatamento da Amazônia. Prova é o anúncio de duas iniciativas que vão ao encontro do clamor interno e externo em defesa do maior bioma brasileiro — a criação do Conselho da Amazônia e da Força Nacional Ambiental.
 
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, recebeu a incumbência de organizar e coordenar o conselho. A indicação é acertada. Mourão, além de ter intimidade com a região, conhece o assunto. Em entrevista a emissora de televisão, mostrou estar consciente da envergadura da missão — coordenar as ações dos ministérios envolvidos em projetos para a proteção e o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
 
Por seu lado, a Força Nacional Ambiental, em articulação com os estados da região, destina-se a combater o desmatamento e outros crimes ambientais. Se implementada com a seriedade e a urgência necessárias, ajudará a apagar a imagem internacional de que o governo incentiva as queimadas e o desastre ambiental. Em consequência, poderá colher lucros do enorme fluxo de capital que circula no mundo em busca de países comprometidos com o meio ambiente para, ali, investir.
 
O Brasil esteve ausente dos principais debates sobre o tema, que foi o ponto central do Fórum Econômico Mundial de Davos. Perdeu o protagonismo para a Colômbia e os Estados Unidos. A criação do conselho e da força nacional serviu como uma espécie de reparação. Acena com o entendimento de que zelar pelo patrimônio não significa renúncia à soberania. Significa que o país conhece a relevância do ativo que abriga, dá-lhe a importância que merece e quer colher os frutos das ações ali implementadas. Que venham os projetos.








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