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Estado de Minas

Campanha contra Moro. Só matando!


postado em 13/01/2020 04:00



Fábio P. Doyle
Da Academia Mineira de Letras
Jornalista

“Moro perde apoio.” “Moro sofre derrotas na Câmara dos Deputados.” “Bolsonaro e Moro divergem.” São títulos e matérias que jornais de todo o país estão publicando, estranhamente, com textos parecidos, e no mesmo sentido: desqualificar Sérgio Moro. Só os muito alienados, os pacóvios diplomados, não percebem a origem e os objetivos do noticiário faccioso e dirigido.

Sérgio Moro, ministro da Justiça, ex-juiz em Curitiba, comandou, com competência e o rigor devidos, os processos criminais que condenaram políticos, entre eles o Sr. Lula da Silva,  e empresários poderosos, por corrupção, por crimes cometidos contra o Tesouro Nacional, contra empresas públicas, entre elas, a Petrobras. Ganhou a confiança dos homens de bem, conquistou a respeitabilidade que todo magistrado honrado deve ter pelo exercício correto, isento e firme de sua importante missão, a de punir os que infringem as leis, sejam eles quem forem, e onde quer que estejam.

Moro é o homem público mais bem avaliado em todas as pesquisas de opinião. Muitos o querem  candidato a presidente. Por isso, desperta inveja, é temido pelos corruptos, combatido pelos que sonham em voltar ao poder numa disputa com o Bolsonaro. Que anunciou o propósito de disputar a reeleição e já teria convidado Sérgio Moro para seu companheiro de chapa, como vice-presidente.

Favorito, pelo bom governo que faz, Bolsonaro seria reeleito  no primeiro turno. Os petistas-marxistas contestam e procuram, para enfrentá-lo, alguém com penetração popular, falam até no apresentador de TV Luciano Huck (!).  Daí o receio de que Moro, candidato a vice, garantiria, de forma decisiva,  a reeleição.

Este o motivo da campanha orquestrada contra Moro: abalar o seu prestígio e sua capacidade de carrear votos para a chapa de Bolsonaro. Basta ler (especialmente nas entrelinhas) o que está sendo publicado contra ele nos meios de comunicação.

Moro, dizem eles, está perdendo o apoio do Congresso: “Tem sido derrotado na Câmara dos Deputados”. O que não caracteriza perda, já que nunca contou com o apoio do presidente daquela Casa, Rodrigo Maia, e do chamado Centrão, o baixo clero dos deputados liderado por Maia. Proposições que apresentou eram adiadas, emendadas, desfiguradas, “remember” o Projeto Anticrime: levou 10 meses para ser votado e aprovado, com emendas que Moro tentou, e não conseguiu, derrubar.

Entre as emendas por ele condenadas, a que criou a figura estranha de um juiz de garantias. Emenda que o presidente da República, contrariando o que se anunciava,  manteve no texto ao sancionar o projeto, apesar do parecer em contrário do ministro da Justiça. Não a incluiu, sabe-se lá o motivo, boatos circulam nos bastidores, entre os 24 dispositivos vetados. O que foi aproveitado pelos que comandam a campanha anti-Moro, no texto “Bolsonaro e Moro divergem”, como se eles estivessem rompidos, o que não aconteceu. Moro, como Paulo Guedes, ministro da Economia, para desespero dos adversários e recalcados,  é considerado peça intocável no grupo de talentos montado pelo presidente para ajudá-lo a governar o país. Que assim seja.

Só matando!
A violência, o ódio, a covardia com que agem seres que nada têm de humanos no mundo, no Brasil, até em nossa antes tranquila Minas Gerais, ultrapassou os limites suportáveis. “Só matando”, comentou um respeitado comentarista de tv. Foi exata, e corretamente, o que decidiu, como responsável maior pela segurança de seu país e dos seus concidadãos, o presidente Donald Trump, ao mandar matar o general iraniano que comandava o terrorismo contra alvos norte-americanos, de preferência vitimando diplomatas  e soldados. E foi, também, o que a nossa Polícia Militar fez, e não poderia ser diferente, ao perseguir, trocar tiros e matar, segunda-feira, três dos integrantes de um bando de assaltantes.

O que aconteceu com o coronel reformado da PM Alex de Melo e sua mulher, Raiana Figueiredo, também militar, no fim da noite de domingo, é de estarrecer. O casal estava em casa, desarmado, em um condomínio de Igarapé, cuidando do jardim, quando foi rendido por cinco bandidos da pior espécie. Todos na faixa de 18 a 30 anos. Chegaram em um Fiat Palio, invadiram a casa, amarraram o coronel e Raiana, e torturaram os dois por mais de três horas, depois de  descobrir que eram militares. Não satisfeitos, ao sair, levando o carro do casal, incendiado em uma estrada próxima, um dos assaltantes disparou dois tiros que acertaram a cabeça de Alex e de Raiana. As vítimas, levadas para o João XXIII,  permanecem internadas em estado muito grave. O coronel teve um olho perfurado; Raiana, atingida no cérebro, estava em coma até quinta-feira, quando esta nota foi redigida.

O crime bárbaro merecia ser manchete dos jornais, foi o assunto da semana, todos querendo saber detalhes das investigações e do estado de saúde do coronel e de sua mulher. Provocou revolta geral, especialmente entre os colegas das vítimas. A PM e a Polícia Civil, no Sistema Integrado de Defesa Social, começaram a investigar na manhã de segunda-feira. Conseguiram localizar o Fiat Palio, com a ajuda da Polícia Rodoviária,  em uma casa em Ibirité. Lá prenderam um bandido que confessou ter participado do assalto, revelando a identidade dos seus comparsas e onde eles estavam. Ao encontrá-los, houve troca de tiros com os militares da Rotam. Três dos criminosos foram mortos, um foi preso.

Parabéns para os militares e policiais que conseguiram, em menos de 24 horas, identificar e matar três e prender dois dos facínoras. Que os dois que não morreram, já indiciados criminalmente, sejam condenados a muitos anos de prisão. Se fosse possível, pena de morte ou prisão perpétua. Mas nossa legislação não acompanha a do mundo civilizado e nossos juízes e tribunais, deixa pra lá.


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