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Por que o comportamento dos líderes precisa mudar?


postado em 06/12/2019 04:00

Zenaldo Magalhães
Diretor de Operações na Concentrix Brasil, companhia global 
especializada em outsourcing e prestação de serviços


Não é comum a relação entre as palavras líder e equilíbrio. O único conceito que "aproximou" essas duas palavras foi o de inteligência emocional, mas, ainda assim, não no seu sentido mais amplo e adequado.

Por décadas, a figura ideal de um líder de sucesso foi o de uma pessoa que trabalha 18 horas por dia, na maioria dos dias do ano, tem hábitos alimentares que dariam inveja ao Garfield, coloca a própria a família em segundo plano, usa toda a sua saúde para crescer na carreira e ter um bom plano de assistência médica (pois sabe que em breve vai precisar de um muito bom), não tem tempo nem para uma simples caminhada, e não faz ideia do que seja autoconhecimento.

Esses líderes "ideais" são agora clientes VIP dos melhores hospitais e clínicas psiquiátricas, vivendo à base de remédios e cada vez mais frustrados em suas altas posições e se perguntando, secretamente, o motivo de não estarem satisfeitos, mesmo tendo obtido tanto sucesso na carreira.

Acontece que ninguém nunca contou para esses profissionais algo muito elementar e inerente a todos os seres humanos. Independentemente das nossas crenças, todos nós somos constituídos por três pilares básicos: físico, mental e espiritual.

Nosso corpo físico é um sistema que aprendemos a sabotar desde a mais tenra infância, sob o apoio e influência dos nossos próprios pais, que apenas repetem comportamentos aprendidos em um ciclo vicioso sem fim. A escolha por se alimentar de produtos processados, aliada ao estilo de vida sedentário, tem levado cada vez mais pessoas a um último terço da vida triste, muitas vezes desejando já ter partido muito tempo antes.

Já a nossa mente, ainda hoje, é um dos assuntos mais estudados pela ciência devido à grande falta de entendimento sobre como ela funciona. O resultado desse desconhecimento é um descontrole de funções muito poderosas, como a memória e a imaginação, que podem, se bem usadas, nos levar a conquistas inimagináveis, ou a doenças como depressão ou síndrome do pânico.

Entender como sua mente e a mente dos seus liderados funciona é uma das principais habilidades de um líder verdadeiramente completo, o líder do futuro! Mas isso, infelizmente, não é algo que nos ensinam na escola, nem na faculdade e nem no MBA. Como uma pessoa pode controlar uma habilidade que não tem ideia de como funciona? E, pior ainda, como essa mesma pessoa pode liderar centenas, por vezes milhares, de pessoas sem ter controle da sua própria mente?

O último pilar que compõe todas as pessoas e, consequentemente, todos os líderes, é o espiritual. Na maioria das vezes, ele passa bem longe de qualquer aspecto religioso e é altamente subestimado, ou até sufocado, propositalmente. Pessoas com um alto QE (quociente espiritual) são pessoas que priorizam a prática do autoconhecimento, são conduzidas por valores e ideais, usam a adversidade como uma ponte para crescer, pois as observam como oportunidade, e conseguem deslocar a sua própria visão e colocá-la em uma outra perspectiva, ao olhar para uma determinada situação. O respeito e o acolhimento pela diversidade nem sequer é uma questão para elas, são curiosas e têm insights que nos levam àquela famosa pergunta: como ninguém pensou nisso antes?.

Por outro lado, as demais pessoas olham para eles e têm as seguintes reações: "O que posso fazer para conseguir moldar aquela pessoa?"; "Ela tem algo diferente que não sei bem o que é"; "Essa pessoa ilumina o ambiente quando chega"; "Essa pessoa tem um olhar diferenciado".

Estamos em um processo constante de evolução e caminhamos para um momento em que o líder ideal será alguém que busca, continuamente, o equilíbrio entre esses três pilares, pois já aprendeu que sem equilíbrio o caminho leva a extremos que de um lado e de outro não trazem satisfação, realização e o sentimento de propósito que tanto buscamos em nossa vida.


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