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Estado de Minas EDITORIAL

Perspectivas nada boas


postado em 21/10/2019 04:00

As perspectivas para o crescimento econômico global não são nada boas e o Brasil, apesar de apresentar pequena melhora este ano, continua atrás de outros países emergentes, inclusive da América do Sul (Chile, Colômbia, Paraguai e Peru). A economia brasileira continua patinando e se não forem agilizadas as reformas necessárias à retomada da expansão, como a tributária e a administrativa, entre outras, o país não conseguirá sair da inércia em que se encontra. A reforma previdenciária, que deveria ter sido aprovada no primeiro semestre deste ano – essa era a expectativa quando foi entregue ao Congresso, em fevereiro –, continua no Senado para ser votada em segundo turno. E a tributária – resumiu-se, até agora, à descartada reedição da questionável CPMF e a fusões de impostos – prossegue em maturação na equipe econômica.

A situação se complica quando a previsão é de que a economia mundial terá o pior crescimento desde a crise financeira de 2008, de acordo com o Panorama Econômico Mundial divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). A estimativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) do mundo tenha uma expansão de 3% em 2019, quando a projeção era de 3,3% em abril e 3,2% em julho, e 3,4% em 2020. A expectativa é de que o Brasil cresça 0,9% no mesmo período e 2% no próximo ano, taxas que apontam uma economia com pouco fôlego e insuficientes para tirar o país do marasmo em que se encontra.

São vários os motivos que explicam o baixo desempenho da economia global, como a imposição de barreiras comerciais, que geram desconfiança nas empresas e investidores e interferem nas trocas entre as nações. O pior exemplo é a disputa entre Estados Unidos e China. As tensões geopolíticas também interferem no bom andamento do comércio mundial. Outro ponto destacado pelos técnicos do FMI é o fraco comportamento da indústria de transformação, o que causa queda dos investimentos, com reflexos na produção de bens de capital (máquinas e equipamentos). A economista-chefe do organismo internacional, Gita Gopuinath, cita, ainda, a retração da indústria automobilística, provocada, entre outros fatores, pelos novos padrões de emissão de gases poluentes na China e na União Europeia (UE).

Mesmo reconhecendo que houve avanços no Brasil, como o encaminhamento da reforma da Previdência, a economista do FMI avalia que permanecem as incertezas quanto à política econômica do governo. Relatórios do órgão citam como entraves ao crescimento nacional o engessamento das finanças, o sistema tributário ineficiente e ultrapassado, as deficiências da infraestrutura e a pouca integração global do país. E que outras fundamentais reformas têm de sair do papel o quanto antes. Diante desse cenário de incertezas na economia mundial, impõe-se a urgente aceleração das imprescindíveis mudanças no plano nacional.


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