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Estado de Minas EDITORIAL

Uma ajuda bem-vinda

Os engenheiros holandeses farão uma análise detalhada das barragens em estado crítico


postado em 16/10/2019 04:00

O fantasma das tragédias provocadas pelo rompimento das represas de rejeito de minério em Mariana e Bumadinho, em Minas Gerais, com mais de 250 mortos e 19 pessoas que continuam desaparecidas – para o desespero de seus familiares –, continua rondando diversas comunidades em áreas de mineração de todo o país. As feridas dos dois desastres não cicatrizaram por completo, mas merecem total apoio da sociedade medidas como a tomada pelas autoridades federais e estaduais para enfrentar o problema. A mais recente foi a chegada ao território mineiro de uma missão dos Países Baixos para avaliação das estruturas em maior situação de risco e a transferência de conhecimento e tecnologia para os especialistas brasileiros.
 
Os engenheiros holandeses do Time de Redução de Riscos dos Países Baixos (Holanda, Curaçao, Aruba e São Martinho) farão uma análise detalhada das barragens em estado crítico e, mais importante, treinarão agentes e fiscais da Agência Nacional de Mineração (ANM) e do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema). Assim, terão o expertise para poder agir antes da ocorrência de novas catástrofes. Na Holanda, existe uma extensa rede de diques que permitem a ocupação de um terço das terras, que se encontram abaixo do nível do mar. A necessidade fez do país um dos melhores operadores mundiais em termos de barramentos.
 
No Brasil, o grande problema é a falta de pessoal em termos de números e especialização para monitorar o expressivo número de barragens espalhadas pelo país, muitas delas sem qualquer tipo de fiscalização. A própria ANM reconhece que existem, hoje, dezenas de represas que podem se romper, provocando outras tragédias ambientais e sociais. De acordo com a agência, são mais de 50 estruturas sem qualquer atividade por falta de informações de estabilidade ou por apresentar índices de segurança abaixo dos previstos pela legislação. A maioria delas se situam em Minas, Bahia, Alagoas e Rio Grande do Norte.
 
Juntamente com as medidas adotadas pelas empresas mineradoras para desativar as barragens em maior risco – muitas na Região Metropolitana de Belo Horizonte –, a intervenção da equipe estrangeira servirá como exemplo prático para os fiscais e agentes públicos, que deverão transferir para outros estados os conhecimentos adquiridos. O trabalho apontará qual represa é mais vulnerável para que haja intervenção reparadora na mesma. A iniciativa de pedir auxílio aos holandeses partiu do Ministério das Minas e Energia e várias missões semelhantes já foram enviadas para outras partes do mundo. Espera-se que haja, sempre, novas ações de contenção e de desativação de barragens instáveis até que elas não ofereçam mais perigo para a população.


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