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O Brasil e as melhores universidades do mundo

Será que as universidades estão realmente preparando pessoas capacitadas para liderar as transformações para o futuro?


postado em 02/10/2019 04:00


Renan Nishimoto
Presidente da Brasil Júnior
 
 

Nenhum fator é tão importante para o desenvolvimento mundial quanto a educação. É por meio e a partir dela que as maiores mudanças e inovações da sociedade foram construídas. No entanto, estamos vivendo um dos períodos mais conturbados da história recente, com desafios complexos a serem enfrentados. A situação é ainda mais crítica no Brasil, onde aspectos sociais potencializam essas dificuldades. Neste ambiente, a educação precisa aprender com os exemplos externos para continuar impulsionando o progresso nacional. 

De acordo com pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 23% dos jovens brasileiros não trabalham e nem estudam. As taxas de desemprego estão maiores e  cada vez mais jovens saem do ensino superior sem um lugar no mercado de trabalho. Será que as universidades estão realmente preparando pessoas capacitadas para liderar as transformações para o futuro?

Antes de tudo, é importante reforçar que em um país com uma desigualdade tão grande quanto o Brasil, a educação de qualidade também é distribuída de forma desigual entre seus cidadãos. O primeiro passo para transformar esse cenário é modificar a mentalidade atual para uma mais igual e inclusiva. Foi Alexander Schischlik, chefe da Seção de Juventude e Esporte da Unesco, quem apontou essa solução, em conversa com a Brasil Júnior, na sede principal da Unesco, em Paris. 

O caminho para essa metamorfose passa, invariavelmente, pela criação e adoção de novos métodos de aprender e de ensinar. Foi esse o principal tema de discussão no Fórum da OCDE, do qual participamos em 21 e 22 de maio, também em Paris. Atento a isso, Andreas Schleicher, diretor de Educação e Habilidades da OCDE, nos apresentou o projeto Futuro da Educação e Habilidades 2030, que busca responder aos seguintes questionamentos: como podemos preparar os alunos para trabalhos que ainda não foram criados, para enfrentar desafios sociais que ainda não conseguimos imaginar, e para utilizar tecnologias que ainda não foram inventadas?.

Um bom norte a seguir é o da Universidade Cornell. O câmpus fica em Nova York, mas a educação é globalizada. Os alunos de medicina, por exemplo, podem ter aulas no Qatar, enquanto os estudantes de arquitetura e artes podem aprender em Roma. Outro exemplo é a Universidade Minerva, que tem a proposta de ser uma universidade de excelência acelerando a trajetória de vida dos estudantes mais brilhantes ao redor do mundo e forma líderes inovadores em todas as disciplinas. Os alunos estudam o primeiro ano em São Francisco, onde fica localizada a sede da universidade, e nos demais anos mudam de país a cada semestre.

Outra condição importante a ser observada para o Brasil subir mais um degrau na escala de progresso e, quem sabe, ter uma universidade entre as melhores do mundo é o incentivo à educação empreendedora. É olhando para isso que o MIT chegou a cerca de 30 mil empresas formadas por ex-alunos que geram uma receita anual de US$ 1,9 trilhão para os EUA. Esse tipo de formação é benéfico para as próprias instituições, para os estudantes, mas, principalmente, para o país. 

Apesar de o Brasil ainda estar longe de alcançar esse status de referência, já é possível observar uma estrada sendo construída. A gênese desse processo passa pela parceria entre o poder público, a iniciativa privada e políticas públicas eficazes. A conexão e participação colaborativa de todas as partes possibilita a projeção da necessária evolução estrutural, ao passo que as universidades sofrem com cortes significativos de suas verbas.

Uma iniciativa notável é o Ranking das Universidades Empreendedoras, idealizado pela Brasil Júnior, instituição que representa o movimento empresa júnior no país. O estudo é o maior levantamento realizado por estudantes do mundo e determina o quão empreendedora são as universidades, gerando estímulos para a transformação a partir da perspectiva discente. 

Assim como se desenha nos países de Primeiro Mundo, o progresso da sociedade engloba o investimento em inovação e para a criação de líderes estudantes empreendedores. No final  das contas, o entendimento da importância da educação e esforço conjunto da sociedade para formar líderes comprometidos e capazes de guiar a transformação nas universidades pode ser o primeiro passo para um Brasil mais ético, educador, competitivo e colaborativo.



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