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As galerias de arte vão acabar?

Não há rejeição às galerias e, sim, uma descentralização do consumo da arte


postado em 28/09/2019 04:00


 Wendell Toledo
CEO da Artluv

As pessoas gostam de previsões pessimistas. Basta uma nova tecnologia para que a anterior seja julgada como obsoleta ou para que profissões sejam sentenciadas, por exemplo. O ser humano gosta tanto de fins que são comuns as profecias da nossa própria extinção. Mas, deixando a abstração de lado, este artigo visa derrubar um mau presságio artístico. Vez ou outra surge a questão: "As galerias de arte desaparecerão?". Não, eu não acredito que isso acontecerá.

A frase anterior pode parecer um spoiler do restante do texto, mas garanto que não. Constatar que as galerias continuarão a existir é só o começo. A questão é entender o motivo de tanto pessimismo. A resposta também é simples: a arte, assim como outros setores, também está mudando. Vivemos uma transformação, o que não é, necessariamente, ruim. Por consequência de tantas mudanças, o entendimento do que temos como arte se altera diariamente.

Antigamente, era necessário ir a museus e galerias para ter acesso a obras. Hoje, é possível contemplar a Mona Lisa e demais quadros renomados diante do computador. Além do bom e não tão velho Google, há museus que oferecem tour virtuais para internautas. Além de romper barreiras geográficas, a tecnologia também impactou o consumidor. E isso é ótimo!

Acredito que a forma de se apresentar os trabalhos e se conectar com um novo consumidor deve mudar. É fundamental incorporar experiência imersiva, tecnologia e entretenimento no contexto dos espaços de exposições. Além de criar novos canais de distribuição, como plataformas de arte, por exemplo. Isso não é novo para inúmeros setores, porém, o mercado de arte, curiosamente, ainda está engatinhando nesse sentido.

Tal influência tornou os públicos mais autônomos e empoderados, além de cada vez mais ansiosos por uma experiência diferenciada, que é refletido nas jornadas de compras que observamos. Foi nesse momento que começou o burburinho que condenou as galerias de arte. Erroneamente. Não é porque novas possibilidades surgiram que as configurações anteriores desaparecerão. Quando falamos sobre experiência de consumo, temos que pensar na amplitude do que isso significa.

Há consumidores que preferem pesquisar obras na internet, comprar quadros on-line e seguir artistas nas redes sociais. Mas, por outro lado, podemos encontrar clientes que apreciam ir a uma galeria, gostam de contemplar artigos presencialmente e de contar com o auxílio de um consultor. Ambos são personas que têm prioridades e preferências, mas que prezam por uma experiência agradável no momento da compra. Sendo assim, não há rejeição às galerias e, sim, uma descentralização do consumo da arte.

A pluralização colabora para que a arte deixe de ser um tema distante da vida das pessoas. Como reflexo, o leque de opções para o comprador é imenso. Ele pode escolher se comprará obras de arte on-line, se irá até galerias, se comprará diretamente de artistas etc. Para o mercado de arte, a profusão de possibilidades constrói um ecossistema benéfico e inclusivo.




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